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fé e ciência: duas linguagens para uma verdade - Centro Loyola de ...

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FÉ E CIÊNCIA - DUAS LINGUAGENS PARA UMA VERDADE<br />

Prof. Geraldo Monteiro Sigaud<br />

Como po<strong>de</strong>mos enten<strong>de</strong>r a Ciência como <strong>uma</strong> "linguagem <strong>para</strong> a Verda<strong>de</strong>"? O que<br />

é "<strong>verda<strong>de</strong></strong> científica"? O que é a "Verda<strong>de</strong>"?<br />

É claro que nenh<strong>uma</strong> <strong>de</strong>stas questões é nova ou original, mas, nem por isso, são<br />

elas fáceis <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r. De fato, à última <strong>de</strong>las, por exemplo, talvez somente Um tenha<br />

tido a resposta... Mesmo assim, quando perguntado diretamente, preferiu calar-se, guar-<br />

dando-a <strong>para</strong> Si. Entretanto, tentarei, aqui, indicar alg<strong>uma</strong>s respostas possíveis às <strong>duas</strong><br />

primeiras, ou, pelo menos, como a Ciência tem evoluído no sentido <strong>de</strong> buscar tais res-<br />

postas ao longo da sua história, e o que eu consi<strong>de</strong>ro serem as principais dúvidas e ten-<br />

dências atuais.<br />

O objetivo primordial da Ciência - na <strong>verda<strong>de</strong></strong>, talvez seu único objetivo - é a bus-<br />

ca <strong>de</strong> compreensão da Natureza. Esta compreensão - ou conhecimento da Natureza - é<br />

consi<strong>de</strong>rada satisfatória quando se <strong>de</strong>scobrem, em meio à diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fenômenos<br />

observados, certas regularida<strong>de</strong>s, certos padrões <strong>de</strong> comportamento. Estas regularida<strong>de</strong>s<br />

são por nós chamadas <strong>de</strong> Leis da Natureza. O que é extraordinariamente nisto é que, em<br />

primeiro lugar, estas regularida<strong>de</strong>s existiam e, segundo, que nós tenhamos sido capazes<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir pelo menos alg<strong>uma</strong>s <strong>de</strong>las, em meio à absolutamente fantástica complexi-<br />

da<strong>de</strong> do mundo em que vivemos. E eu não estou falando da complexida<strong>de</strong> por nós in-<br />

troduzida através do <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico que nos <strong>de</strong>u esta <strong>para</strong>fernália <strong>de</strong> ob-<br />

jetos que tornam nossa vida hoje mais confortável. Estou, sim, me referindo à Natureza<br />

sem a intervenção dos seres h<strong>uma</strong>nos. Todos os fenômenos naturais que observamos<br />

apresentam <strong>uma</strong> complexida<strong>de</strong> extraordinária, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>uma</strong> simples brisa até o mais forte<br />

dos temporais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o movimento das asas <strong>de</strong> <strong>uma</strong> borboleta até o movimento das es-<br />

trelas e galáxias. O fato <strong>de</strong> termos conseguido <strong>de</strong>scobrir padrões or<strong>de</strong>nados e, muitas<br />

vezes, universais <strong>de</strong> comportamento <strong>para</strong> grupos <strong>de</strong> fenômenos naturais aparentemente<br />

tão <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nados e <strong>de</strong>sconectados entre si é certamente motivo <strong>de</strong> satisfação, orgulho e<br />

- por que não? - <strong>fé</strong>.<br />

Gostaria, aqui, <strong>de</strong> enfatizar a observação como base fundamental <strong>de</strong> toda a Ciên-<br />

cia. Por observação entendo eu não só a observação <strong>de</strong> fenômenos naturais que ocorrem

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