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fé e ciência: duas linguagens para uma verdade - Centro Loyola de ...

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mesmo. (Analogicamente, o conhecimento do outro - do objeto - implica em nós o co-<br />

nhecimento <strong>de</strong> nós mesmos). Ao ser que se auto-manifesta a tradição filosófica iniciada<br />

por Platão <strong>de</strong>u o nome a idéia, ao qual se acrescentou o <strong>de</strong> espírito (Geist, mind; ver H.<br />

C. Lima Vaz, Antropologia Filosófica I, 3ª ed., São Paulo, <strong>Loyola</strong>, 1994, pp. 208-225),<br />

finalmente i<strong>de</strong>ntificados a partir do Médio Platonismo (I séc., P. C.). A <strong>verda<strong>de</strong></strong> das coi-<br />

sas pressupõe, assim a <strong>verda<strong>de</strong></strong> do espírito. Ao <strong>de</strong>finir a essência do ser como manifes-<br />

tação po<strong>de</strong>mos, pois, distinguir:<br />

- auto-manifestação: espírito<br />

- hetero-manifestação: mundo<br />

Por sua vez a auto-manifestação po<strong>de</strong> ser ou absoluta, no Espírito infinito, ou rela-<br />

tiva no espírito finito como o nosso.<br />

A possibilida<strong>de</strong> do evento <strong>verda<strong>de</strong></strong> repousa, pois, sobre essa equação metafísica<br />

Ser = Manifestação, que é a mesma coisa que Ser = Verda<strong>de</strong>. Se agora <strong>de</strong>rmos um rápi-<br />

do olhar à história das concepções da <strong>verda<strong>de</strong></strong> na filosofia oci<strong>de</strong>ntal, do ponto <strong>de</strong> vista<br />

da sua estrutura ontológica, po<strong>de</strong>mos distinguir quatro gran<strong>de</strong>s versões:<br />

a) concepção eleático-platônica ou concepção transcen<strong>de</strong>ntal-objetiva - Aposenta-<br />

se seja como afirmação da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> absoluta entre o ser (on) e a <strong>verda<strong>de</strong></strong> (alétheia): é<br />

a concepção eleática, criticada por Platão no diálogo Sofista; seja como afirmação da<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> na diferença (i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> dialética) entre o ser (on) e as formas (logoi) da sua<br />

manifestação. É a concepção platônica. Essas formas são os chamados "gêneros supre-<br />

mos" (mégistha gene), que Platão enumera sobretudo nos diálogos Banquete, Repúbli-<br />

ca, Sofista e Filebo e nas suas "doutrinas não-escritas". É <strong>de</strong>nominada concepção trans-<br />

cen<strong>de</strong>ntal porque esses gêneros supremos transcen<strong>de</strong>m toda realida<strong>de</strong> limitada. Dessa<br />

concepção resultou historicamente a doutrina das chamadas "noções transcen<strong>de</strong>ntais:<br />

que são entre si logicamente conversíveis (ser=uno=<strong>verda<strong>de</strong></strong>iro-bom=belo) e constituem<br />

o arcabouço conceptual fundamental da metafísica clássica.<br />

b) concepção aristotélica ou concepção categorial - Mantendo a equação funda-<br />

mental ser-<strong>verda<strong>de</strong></strong> Aristóteles, no entanto, introduz <strong>uma</strong> polissemia original na noção<br />

do ser (O ser se diz <strong>de</strong> muitas maneiras), <strong>de</strong> modo a pensar essa noção segundo <strong>uma</strong><br />

estrutura analógica ou estrutura plurium ad anum (pros em ou focal meaning segundo a

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