17.04.2013 Views

fé e ciência: duas linguagens para uma verdade - Centro Loyola de ...

fé e ciência: duas linguagens para uma verdade - Centro Loyola de ...

fé e ciência: duas linguagens para uma verdade - Centro Loyola de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

- plano ontológico - Qual a unida<strong>de</strong> do ser que se manifesta sob diversas formas<br />

no discurso e cuja <strong>verda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong>ve ser objeto da intenção última do sujeito? Essa a questão<br />

fundamental implicada no nosso tema <strong>de</strong> hoje sobre <strong>verda<strong>de</strong></strong> da <strong>fé</strong> e <strong>verda<strong>de</strong></strong> da <strong>ciência</strong>.<br />

A ela iremos respon<strong>de</strong>r com a doutrina da analogia da <strong>verda<strong>de</strong></strong>.<br />

- pluralida<strong>de</strong> das <strong>linguagens</strong> - A raiz <strong>de</strong>ssa pluralida<strong>de</strong> é, como dissemos, a es-<br />

trutura plural da nossa experiência, ou seja a diversida<strong>de</strong> dos caminhos do nosso acesso<br />

ao ser e, por conseguinte, a diversida<strong>de</strong> das formas com que o ser se manifesta a nós.<br />

Em razão da correlação fundamental linguagem-<strong>verda<strong>de</strong></strong>, a pluralida<strong>de</strong> das <strong>linguagens</strong><br />

acarreta <strong>uma</strong> pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formas da <strong>verda<strong>de</strong></strong>, o que é evi<strong>de</strong>nte se com<strong>para</strong>rmos, p.<br />

ex., a <strong>verda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> um artigo do Símbolo dos Apóstolos e a <strong>verda<strong>de</strong></strong> da solução <strong>de</strong> <strong>uma</strong><br />

equação matemática. A pluralida<strong>de</strong> das <strong>linguagens</strong> apresenta-se também sob três aspec-<br />

tos ou em três planos, correspon<strong>de</strong>ndo aos planos da unida<strong>de</strong> da <strong>verda<strong>de</strong></strong> pois, em qual-<br />

quer hipótese, a essa pluralida<strong>de</strong> subjaz <strong>uma</strong> unida<strong>de</strong> fundamental, <strong>de</strong> natureza analógi-<br />

ca.<br />

- plano lógica - Nele situamos a pluralida<strong>de</strong> das estruturas sintáticas e semânticas<br />

da linguagem, como também das suas estruturas pragmáticas. O fato <strong>de</strong>ssa pluralida<strong>de</strong><br />

explica a existência <strong>de</strong> diversas lógicas com seus respectivos usos, e assim po<strong>de</strong>mos<br />

falar, p. ex., <strong>de</strong> <strong>uma</strong> lógica da <strong>fé</strong> e <strong>de</strong> <strong>uma</strong> lógica da <strong>ciência</strong>, que não po<strong>de</strong>m ser confun-<br />

didas.<br />

- plano antropológico - Nele tem lugar a pluralida<strong>de</strong> dos usos da linguagem, sen-<br />

do que o uso está intimamente ligado ao sentido objetivo da linguagem <strong>para</strong> o sujeito.<br />

Trata-se <strong>de</strong> <strong>uma</strong> questão hoje muito discutida, <strong>de</strong>pois do aparecimento dos textos cor-<br />

respon<strong>de</strong>ntes à última fase do pensamento <strong>de</strong> L. Wittgentein.<br />

- plano ontológico - Nele coloca-se o difícil e <strong>de</strong>cisivo problema da manifestação<br />

do ser na pluralida<strong>de</strong> das <strong>linguagens</strong>, ou seja da refração do ser na pluralida<strong>de</strong> das for-<br />

mas da nossa experiência, sua expressão na pluralida<strong>de</strong> das <strong>linguagens</strong> e sua referência,<br />

nas doutrinas realistas, a <strong>uma</strong> unida<strong>de</strong> transcen<strong>de</strong>ntal objetiva (ou seja que atinge todas<br />

as formas <strong>de</strong> manifestação do ser e respectivas <strong>linguagens</strong>) ou, nas doutrinas i<strong>de</strong>alistas,<br />

a <strong>uma</strong> unida<strong>de</strong> transcen<strong>de</strong>ntal subjetiva, que unifica no próprio sujeito, as diversas for-<br />

mas <strong>de</strong> manifestação do ser. Reencontramos aqui, em versão realista ou i<strong>de</strong>alista, o pro-<br />

blema central da analogia da <strong>verda<strong>de</strong></strong>.]

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!