bruxas e feiticeiras em novelas de cavalaria do ciclo arturiano
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por volta <strong>do</strong> século V a.C e recebi<strong>do</strong> o nome <strong>de</strong> Hallstatt. May <strong>de</strong>staca, entre os aspectos<br />
evolucionais <strong>de</strong>sta cultura, a introdução <strong>do</strong> ferro e a instituição da realeza, “cujo bom<br />
<strong>de</strong>senvolvimento estava liga<strong>do</strong> à fecundida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo: um trono forte e justo levaria consigo<br />
uma terra fértil e agra<strong>de</strong>cida” (p. 35).<br />
Neste perío<strong>do</strong> registra-se a introdução das armas <strong>de</strong> ferro proporcionan<strong>do</strong> o surgimento <strong>de</strong><br />
uma oligarquia constituída como força militar. Estabeleceram-se residências <strong>em</strong> povoações<br />
fortificadas e situadas <strong>em</strong> locais estratégicos. Os el<strong>em</strong>entos mais significativos da cultura<br />
Hallstatt, diss<strong>em</strong>inada na Al<strong>em</strong>anha meridional e oriental, no nor<strong>de</strong>ste da França, no su<strong>de</strong>ste<br />
da Inglaterra e na Península Ibérica, foram a si<strong>de</strong>rurgia, a arte <strong>de</strong>corativa geométrica, os ritos<br />
funerários <strong>de</strong> sepultamento e incineração, as fortificações e, principalmente, o armamento <strong>de</strong><br />
ferro.<br />
O século V a.C. assistiu à evolução da cultura Halstatt para a cultura La Tène, cuja orig<strong>em</strong><br />
<strong>de</strong>ve-se ao contato com os povos mediterrâneos. De acor<strong>do</strong> com May (2002), esta foi a quinta<br />
e última invasão céltica, porém a segunda gran<strong>de</strong> onda migratória. Foi nesse perío<strong>do</strong> que os<br />
Celtas atingiram sua máxima expansão e po<strong>de</strong>rio. Receberam influência <strong>de</strong> gregos e etruscos<br />
e <strong>de</strong>senvolveram a arte assimilan<strong>do</strong> motivos florais, animais e humanos. Aperfeiçoaram a<br />
cerâmica com o uso <strong>do</strong> torno que, por sua vez, também proporcionou a fabricação <strong>de</strong> objetos<br />
curvilíneos. Com o passar <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po a estrutura social sofreu transformações, tornan<strong>do</strong>-se<br />
cada vez mais rígida na medida <strong>em</strong> que a classe <strong>do</strong>s guerreiros aumentava seu po<strong>de</strong>r e<br />
prestígio, exercen<strong>do</strong> significativa tutela sobre as rotas comerciais que atravessavam o<br />
território celta.<br />
No século III a.C. a força expansionista <strong>do</strong>s Celtas foi <strong>de</strong>tida pela reação <strong>de</strong>fensiva <strong>do</strong>s povos<br />
<strong>do</strong> Mediterrâneo, especialmente os <strong>de</strong> Roma. O Império Romano foi capaz <strong>de</strong> impor-se sobre<br />
a civilização celta, carecen<strong>do</strong> organização da unida<strong>de</strong> política. Já se tornara difícil para os<br />
Celtas manter<strong>em</strong>-se coesos com uma extensão territorial tão gran<strong>de</strong>, registran<strong>do</strong>-se sua<br />
<strong>de</strong>cadência até o século I a.C perío<strong>do</strong> no qual os Romanos subjugaram todas as tribos, com<br />
exceção daquelas que permaneceram na Irlanda.<br />
A cultura celta era pre<strong>do</strong>minant<strong>em</strong>ente oral. Exclusivistas <strong>em</strong> relação ao conhecimento, os<br />
religiosos ocultavam os mistérios da natureza não permitin<strong>do</strong> a difusão popular na forma<br />
escrita, como fizeram outros povos da Antigüida<strong>de</strong>. De acor<strong>do</strong> com May (2002), to<strong>do</strong> o<br />
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