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3º Ciclo

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30<br />

Contos & Recontos 7 | Guia do Professor<br />

Faixa n. o 1<br />

Uma breve introdução<br />

A história que estou prestes a partilhar convosco passa-<br />

-se em 1931, sob os telhados de Paris. Aqui, irão conhecer um<br />

rapaz chamado Hugo Cabret, que, há muito tempo, descobriu<br />

um misterioso desenho que mudou a sua vida para sempre.<br />

Mas antes de virar a página, imagine-se sentado na escuridão,<br />

à espera do início de um filme. No ecrã, o sol nascerá<br />

em breve e vai dar por si a aproximar-se de uma estação de<br />

comboios, em plena cidade. Atravessa rapidamente as portas<br />

até chegar a uma estrada cheia de gente. Vai dar pela presença<br />

de um rapaz no meio da multidão. Ele começará a caminhar ao<br />

longo da estação. Siga-o, pois trata-se de Hugo Cabret. Tem<br />

o seu imaginário cheio de segredos e aguarda o início da sua<br />

história.<br />

Professor H. Alcofrisbas “Uma breve introdução” in Brian Selznick,<br />

A Invenção de Hugo Cabret. Porto, Edições Gailivro, 2008.<br />

Faixa n. o 2<br />

Corvo<br />

O simbolismo do corvo só recentemente adquiriu o seu aspeto<br />

puramente negativo, e quase exclusivamente na Europa.<br />

É considerado, nos sonhos, como uma figura de mau agouro,<br />

ligado ao medo da infelicidade. Esta aceção encontra-se na<br />

Índia, onde se compara os corvos aos mensageiros da morte.<br />

Na China e no Japão, ele é símbolo de gratidão filial. O facto<br />

de ele alimentar pai e mãe é considerado como sinal de um espantoso<br />

restabelecimento da ordem social.<br />

No Génesis, surge como símbolo de perspicácia: é ele que<br />

vai verificar se a terra começa, após o dilúvio, a reaparecer<br />

por cima das águas: Decorridos quarenta dias, Noé abriu a janela<br />

que havia feito na arca e soltou um corvo, que saiu repetidas<br />

vezes, e enquanto iam secando as águas sobre terra.<br />

Faixa n. o 3<br />

Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, Dicionário dos Símbolos.<br />

Teorema, 1994, pp. 234-235.<br />

Tu sabes como é que o coelho conseguiu casar com Chipha,<br />

a menina mais bela da aldeia? Pois é, o espertalhão conseguiu<br />

enganar a hiena, que era quem ia casar com a menina. Ah, pois<br />

é! O coelho conseguiu enganar a hiena porque fez com que esta<br />

parecesse a sua criada porque eee… Vamos lá começar pelo<br />

princípio … Ahhh… o coelho e a hiena eram muito amigos. Sim,<br />

eles eram amigos e um dia a hiena passou numa povoação e<br />

havia lá uma menina muito bonita, a Chipha, e pediu-a em casamento<br />

porque ela era muito bonita e ela disse que sim e<br />

disse-lhe que trouxesse um padrinho para o casamento. Entretanto,<br />

a hiena foi convidar o coelho para ser o seu padrinho<br />

de casamento. Mas já antes o coelho tinha passado pela aldeia,<br />

tinha visto a menina e também a tinha pedido em casamento.<br />

Mas a menina disse que não podia aceitar porque já tinha prometido<br />

casar com a hiena e já lhe tinha pedido para trazer um<br />

padrinho. E… e… e… O coelho pensou logo que iria arranjar<br />

maneira de humilhar a hiena, quer dizer…, de a fazer passar<br />

vergonhas e fazê-la passar por sua criada frente à menina.<br />

Então disse a Chipha que a hiena era sua criada e que até lhe<br />

servia de cavalo. Já estava a pensar numa forma de pôr a hiena<br />

a transportá-lo às costas para mostrar à menina que ele, coelho,<br />

era mais importante e assim casar com ela. E disse à menina<br />

que ela merecia ficar com uma pessoa mais importante.<br />

Por isso, quando a hiena foi ter com ele para o convidar para<br />

padrinho de casamento, o coelho disse que… disse que… Ora,<br />

o coelho tinha dificuldades em andar muito depressa e então<br />

a hiena ofereceu-se para o levar às costas e o coelho aproveitou<br />

para… para lhe pôr uma corda ao pescoço e aaah portanto…<br />

quando chegaram à aldeia, o coelho começou a fingir que cavalgava<br />

a hiena e quando estavam perto da rapariga, perto da<br />

Chipha, o coelho mandou a hiena ir mais depressa e quando<br />

chegaram junto da rapariga, o coelho disse à rapariga: “Estás<br />

a ver que a hiena é minha criada!», porque quando Chipha tinha<br />

recusado o pedido do coelho este tinha-lhe dito que a hiena<br />

era sua serviçal e que lhe servia de cavalo. Na altura Chipha<br />

tinha-lhe pedido provas. Ora, aqui estava a prova! Foi por isso<br />

que o coelho casou com a Chipha, porque ela ficou muito envergonhada<br />

com a situação. Pois foi…<br />

Narrativa adaptada ao oral espontâneo a partir de Lourenço do Rosário,<br />

“O coelho e a hiena”, in Contos Africanos. Lisboa, Texto Editora, 2001, pp. 9-10.<br />

Faixa n. o 4<br />

Havia em tempos uma pobre velha que tinha três filhas: as<br />

duas mais velhas eram lavadeiras e a mais nova era ainda<br />

muito criança. As duas mais velhas tinham muito má vontade<br />

à sua velha mãe. De uma vez aconselharam a mãe a que as<br />

fosse ajudar no seu serviço e lá a mataram enterrando o corpo<br />

na ribeira e levando a cabeça para casa, no intuito de a enterrar<br />

no quintal, como efetivamente a enterraram. A filha<br />

mais nova estranhou a falta da mãe e desconfiou das irmãs.<br />

Espreitou-as e viu que elas tinham enterrado qualquer coisa<br />

no quintal.

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