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3º Ciclo

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34<br />

Contos & Recontos 7 | Guia do Professor<br />

Faixa n. o 10<br />

Geografia e natureza<br />

O Japão é constituído por cerca de 3500 ilhas, que constituem<br />

os cumes de uma cadeia montanhosa localizada abaixo<br />

da superfície do mar e originariamente ligada ao continente.<br />

Estas ilhas formam uma espécie de arco extenso a leste do<br />

continente asiático, encontrando-se separadas deste pelo mar<br />

do Japão. As quatro ilhas principais, Hocaido, Honshu, Shikoku<br />

e Kyushu, abrangem 97% do território total.<br />

Honshu – sob o signo do monte Fuji<br />

A ilha de Honshu é de longe a mais importante, ocupando,<br />

com os seus mais de 230 000 quilómetros quadrados, o oitavo<br />

lugar entre as maiores ilhas do mundo.<br />

A ilha é atravessada por algumas cadeias montanhosas<br />

muito pronunciadas. Situa-se aqui também o conhecido símbolo<br />

do Japão, o monte Fuji, um vulcão extinto que constitui o<br />

ponto mais elevado (3776 metros). O centro desta ilha, de 1000<br />

km de comprimento e 240 km de largura, é a zona tectonicamente<br />

mais ativa, devido ao facto de ser o ponto de encontro<br />

de duas cadeias montanhosas.<br />

Tufões e “chuva das ameixas”<br />

A entrada de massas de ar frio da Sibéria e a corrente fria<br />

de Oyashio contribuem para a queda abundante de neve na ilha<br />

de Hocaido. Aqui, os invernos são bem mais rigorosos do que<br />

noutras regiões da mesma latitude. Enquanto em março o<br />

clima em Hocaido é ainda agreste, nas ilhas do Sul, que se encontram<br />

sob a influência da corrente quente de Kuroshio, as<br />

cerejeiras encontram-se já em flor. A época principal das chuvas<br />

de Verão começa aqui, neste clima subtropical, com a chamada<br />

“chuva das ameixas”. Mais para norte, estas chuvas<br />

favoráveis tardam um pouco mais.<br />

Os meses de julho a setembro são especialmente propícios<br />

a tufões, que ocorrem principalmente no Sul e provocam<br />

consideráveis danos devido às altas velocidades do vento.<br />

Uma vida para a empresa?<br />

Os japoneses trabalham em média muito mais horas e dispõem<br />

de muito menos tempo livre do que os trabalhadores<br />

europeus. Consideram natural ficar no emprego até tarde.<br />

Às vezes nem aos sábados conseguem desligar-se da empresa:<br />

neste dia é frequente serem organizadas excursões<br />

para os funcionários. Muitos não aproveitam a totalidade do<br />

tempo de férias a que têm direito. Esta atitude não se baseia<br />

necessariamente numa obsessão pelo trabalho, mas é frequentemente<br />

resultado de uma pressão laboral impiedosa. Algumas<br />

pessoas tentam compensar esta pressão através da participação<br />

em cursos de budismo zen – o que obviamente apenas<br />

podem fazer quando dispõem de um fim de semana livre!<br />

Uma nação cortês e de muita delicadeza<br />

As regras de delicadeza japonesas distinguem-se, em muitos<br />

aspetos, das europeias. Dizer “não”, por exemplo, não é considerado<br />

de bom tom no Japão. Por outro lado, um “sim” pronunciado<br />

de maneira menos firme pode não ser identificado como<br />

uma expressão de consentimento. Ao entrar numa casa, as pessoas<br />

tiram os sapatos e colocam-nos no chão, com a ponta dos<br />

mesmos virada para a porta de entrada. Ao cumprimentarem-<br />

-se, os japoneses têm por hábito fazer uma vénia e os títulos<br />

académicos são de grande importância.<br />

In Geografia do Mundo – Ásia. Rio de Mouro, Círculo de Leitores,<br />

2006, pp. 44-47.<br />

Faixa n. o 11<br />

E do passado fez-se futuro<br />

A tradição já não é o que era, o que não significa que tenha<br />

de ser uma coisa completamente diferente. O galo de Barcelos<br />

e o Santo António ganharam novas cores, há azeite à venda<br />

em packs de turismo, as bolachas das nossas avós são gourmet<br />

e o fado afinal é música pop. O saudosismo está aí, só se virou<br />

um pouco de pernas para o ar.<br />

Não interessa se está com a típica batina castanha ou não.<br />

O Santo António é sempre o Santo António e a fama de casamenteiro<br />

ultrapassa-o, mesmo que ele apareça pintado em<br />

cores pop, como o cor-de-rosa forte ou o amarelo. "Quando os<br />

tinha na loja via muitas raparigas a falarem com ele", recorda<br />

Nuno Brandão, de 37 anos, o designer responsável pela ideia.<br />

Conta-se que basta escrever um papel com o nome do namorado,<br />

deixá-lo aos pés do santo e depois virá-lo com a cara<br />

para a parede. O pedido de casamento vai surgir a qualquer<br />

momento e depois, para lhe mostrarmos gratidão, o santo<br />

volta a encarar o mundo de frente. Agora só a crença é que é<br />

antiga. O Santo António, esse, já é um homem moderno.<br />

"Partiu tudo de uma experiência. É como o ovo de Colombo.<br />

Vi os santos em barro à venda numa loja e pensei: porque não<br />

pintá-los à minha maneira? Comecei com quatro ou cinco, passado<br />

um mês já me estavam a encomendar 30 ou 40 e agora<br />

ultrapassa isso largamente", diz Nuno. Tinha uma loja com<br />

vista para a estátua de Santo António em Lisboa e esta foi a

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