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Não tenhais medo! - Centenário das Aparições de Fátima. 1917-2017

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Manuel Joaquim Gomes Barbosa<br />

contra Deus e contra a felicida<strong>de</strong> do homem; a noite é o tempo <strong>das</strong><br />

trevas, da falta <strong>de</strong> luz; aparece como elemento ligado com o <strong>medo</strong>,<br />

com o <strong>de</strong>sânimo, com a falta <strong>de</strong> perspectivas. O mar e a noite <strong>de</strong>finem<br />

uma realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> hostilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> incompreensão,<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sconfiança. O sono <strong>de</strong> Jesus parece dar a enten<strong>de</strong>r que os<br />

discípulos estão sós e abandonados à sua sorte e que Jesus não está<br />

com eles a enfrentar as vicissitu<strong>de</strong>s da viagem. A tempesta<strong>de</strong> refere-<br />

-se a todos os momentos <strong>de</strong> crise, <strong>de</strong> perseguição, <strong>de</strong> hostilida<strong>de</strong><br />

que os discípulos terão <strong>de</strong> enfrentar ao longo do seu caminho histórico,<br />

até ao fim dos tempos.<br />

Mas Jesus está sempre com os discípulos, nunca os abandona,<br />

é o único que lhes po<strong>de</strong> inspirar confiança. Repreen<strong>de</strong>-os pela<br />

falta <strong>de</strong> confiança, pois <strong>de</strong> tanto andarem com Ele já <strong>de</strong>viam saber<br />

que Ele nunca está ausente nem alheado <strong>das</strong> suas vi<strong>das</strong>. O temor<br />

final dos discípulos – expresso na pergunta “quem é este, a quem<br />

até o vento e o mar obe<strong>de</strong>cem?” – encerra um misterioso po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

atração que se traduz em confiança, obediência, entrega, entusiasmo.<br />

O crente sabe que po<strong>de</strong> confiar incondicionalmente em Jesus e<br />

entregar-se nas suas mãos; reconhecem que Jesus é o Deus presente<br />

no meio dos homens, e a quem os homens são convidados a a<strong>de</strong>rir,<br />

a confiar, a obe<strong>de</strong>cer com total entrega.<br />

O terceiro texto evangélico é o episódio <strong>de</strong> Jesus a caminhar<br />

sobre as águas ao encontro <strong>de</strong> Pedro (Mt 14,22-33). Depois do<br />

susto dos discípulos, Jesus apela à confiança, seguindo-se o diálogo<br />

com Pedro:<br />

«“Ten<strong>de</strong> confiança. Sou Eu. <strong>Não</strong> temais”. Respon<strong>de</strong>u-Lhe Pedro:<br />

“Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas”.<br />

“Vem!” – disse Jesus. Então, Pedro <strong>de</strong>sceu do barco e caminhou<br />

sobre as águas, para ir ter com Jesus. Mas, sentindo a violência do<br />

vento e começando a afundar-se, gritou: “Salva-me, Senhor!” Jesus<br />

esten<strong>de</strong>u-lhe logo a mão e segurou-o. Depois disse-lhe: “Homem<br />

<strong>de</strong> pouca fé, porque duvi<strong>das</strong>te?”»<br />

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