Não tenhais medo! - Centenário das Aparições de Fátima. 1917-2017
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Confiança «Mantenhamos firme a confiança»<br />
Cristo, são prelúdio da alegria e da esperança a que a fé conduz:<br />
“Quando sou fraco, então é que sou forte” (2Cor 12,10). Com<br />
firme certeza, acreditamos que o Senhor Jesus <strong>de</strong>rrotou o mal e a<br />
morte. Com esta confiança segura, confiamo-nos a Ele: Ele, presente<br />
no meio <strong>de</strong> nós, vence o po<strong>de</strong>r do maligno; e a Igreja, comunida<strong>de</strong><br />
visível da sua misericórdia, permanece nele como sinal<br />
da reconciliação <strong>de</strong>finitiva com o Pai. À Mãe <strong>de</strong> Deus, proclamada<br />
“feliz porque acreditou”, confiamos este tempo <strong>de</strong> graça» (Porta<br />
Fi<strong>de</strong>i, 15).<br />
E já agora, como vimos nalguns aspetos da dimensão bíblica,<br />
a confiança precisa <strong>de</strong> ser rezada. <strong>Não</strong> resisto a transcrever esta bela<br />
oração sobre a estrada da Confiança, no livro dos andamentos do<br />
Padre Tolentino:<br />
«Faz-nos trilhar, Senhor, a estrada da Confiança. Dá-nos um coração<br />
capaz <strong>de</strong> amar serenamente aquilo que somos ou que não<br />
somos, aquilo com que sonhámos ou as coisas que não escolhemos<br />
e que, contudo, fazem parte da nossa vida.<br />
Ensina-nos a <strong>de</strong>volver a todos os Teus filhos e a to<strong>das</strong> as criaturas<br />
a extraordinária Bonda<strong>de</strong> com que nos amas. <strong>Não</strong> permitas que o<br />
nosso espírito se feche no <strong>medo</strong> ou no ressentimento: ensina-nos<br />
que é possível olhar a noite não para dizer que pesa em todo o lugar<br />
o escuro, mas que a qualquer momento uma Luz se levantará.<br />
Dá-nos ousadia <strong>de</strong> criar e recriar continuamente mesmo partindo<br />
daquilo que não é i<strong>de</strong>al, nem perfeito. E quando nos sentirmos<br />
mais frágeis ou sobrecarregados recebamos, com igual confiança, a<br />
nossa vida como um Dom e cada dia como um dia <strong>de</strong> Deus» (José<br />
Tolentino Mendonça, Um Deus que dança, p. 118).<br />
8. conFiar é dizer sim como maria<br />
A Quarta Memória da Irmã Lúcia, que <strong>de</strong>screve a aparição<br />
<strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> <strong>1917</strong>, po<strong>de</strong> ficar como interpelação final <strong>de</strong>ste<br />
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