Não tenhais medo! - Centenário das Aparições de Fátima. 1917-2017
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5. conselhos maternais<br />
A Deus nada é impossível<br />
Se Nossa Senhora <strong>de</strong> <strong>Fátima</strong> nos pegasse pela mão, que é que<br />
nos diria hoje? Por on<strong>de</strong> nos levaria?<br />
1.º – Acho que, em primeiro lugar, nos pediria autenticida<strong>de</strong>,<br />
isto é, que procurássemos ser cristãos <strong>de</strong> nome e <strong>de</strong> facto, verda<strong>de</strong>iros<br />
discípulos <strong>de</strong> Jesus Cristo, mensageiros alegres do Evangelho, pessoas<br />
conscientes <strong>de</strong> que a fé é fonte <strong>de</strong> civilização e <strong>de</strong> benefício para todos.<br />
Se as palavras: “Fazei o que Jesus vos disser” (Jo 2, 5) são<br />
as últimas que os evangelhos põem nos lábios <strong>de</strong> Maria, à laia <strong>de</strong><br />
testamento espiritual ou <strong>de</strong> última vonta<strong>de</strong>, a mensagem <strong>de</strong> <strong>Fátima</strong><br />
não po<strong>de</strong> propor coisa diferente. Vir a <strong>Fátima</strong> é renovar os compromissos<br />
do batismo, do matrimónio, da or<strong>de</strong>nação sacerdotal, da<br />
vida consagrada.<br />
2.º – Em face <strong>das</strong> dificulda<strong>de</strong>s e problemas que fervilham<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nós e à nossa volta, Nossa Senhora pedir-nos-á, seguidamente,<br />
que não cruzemos os braços, mas <strong>de</strong>cidamos fazer tudo o que<br />
está ao nosso alcance. <strong>Não</strong> falou ela <strong>de</strong> “reparação”? Reparação é mais<br />
do que horas santas, primeiros sábados e sacrifícios. Reparar é refazer,<br />
consertar, restaurar. Há tanta coisa a emendar, a reconstruir, a<br />
arranjar, a restabelecer na nossa vida pessoal e familiar, no ambiente<br />
que nos ro<strong>de</strong>ia, na esfera social, educativa, económica, política…<br />
Jesus mandou a São Francisco que “reparasse” a sua Igreja. A Virgem<br />
<strong>de</strong> <strong>Fátima</strong> diz-nos outro tanto, como porta-voz que é do seu<br />
divino Filho.<br />
O “a<strong>de</strong>us” que se canta no termo <strong>das</strong> peregrinações implica<br />
o propósito <strong>de</strong> pôr mãos à obra. <strong>Não</strong> po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>sistir, resignados<br />
perante a situação do mundo atual. <strong>Não</strong> se trava no céu <strong>de</strong> <strong>Fátima</strong><br />
uma gran<strong>de</strong> batalha entre as forças do amor e da vida, simboliza<strong>das</strong><br />
no coração imaculado <strong>de</strong> Maria, e as forças do pecado e da morte?<br />
<strong>Não</strong> é a esperança a “antecipação militante do futuro”? <strong>Não</strong> abundam<br />
razões para sonharmos e irmos à luta?<br />
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