19.04.2013 Views

Não tenhais medo! - Centenário das Aparições de Fátima. 1917-2017

Não tenhais medo! - Centenário das Aparições de Fátima. 1917-2017

Não tenhais medo! - Centenário das Aparições de Fátima. 1917-2017

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Abílio Pina Ribeiro<br />

Na Imaculada começa a verificar-se a solene profecia: “Declaro<br />

a guerra entre ti [a serpente] e a mulher, entre a tua <strong>de</strong>scendência<br />

e a <strong>de</strong>scendência <strong>de</strong>la: esta te esmagará a cabeça e tu tentarás<br />

mordê-la no calcanhar” (Gen 3, 15). Com a humil<strong>de</strong> coragem do<br />

seu “sim”, Maria ajudou a libertar-nos do antigo adversário, dando<br />

um corpo humano Àquele que esmagaria a cabeça da serpente <strong>de</strong><br />

uma vez por to<strong>das</strong>. Graças a Maria, por ação do Espírito Santo, o<br />

Verbo ergueu a sua tenda no meio <strong>de</strong> nós e tornou-se o “Deus connosco”,<br />

motivo supremo da nossa esperança.<br />

Maria percorreu o seu itinerário terreno sustentada por uma<br />

fé intrépida, uma esperança inabalável e um amor inesgotável, seguindo<br />

as pega<strong>das</strong> do seu Filho. Ao lado <strong>de</strong>le esteve com materna<br />

solicitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Natal até ao Calvário, on<strong>de</strong> assistiu à Sua crucifixão,<br />

num mar <strong>de</strong> insondável sofrimento; saboreou <strong>de</strong>pois a alegria<br />

da ressurreição, quando o Crucificado <strong>de</strong>ixou o sepulcro vencendo<br />

para sempre e <strong>de</strong> maneira <strong>de</strong>finitiva o po<strong>de</strong>r do pecado e da morte.<br />

É representada no Apocalipse (12, 1) como a Mulher “vestida<br />

<strong>de</strong> sol”, na cabeça uma coroa <strong>de</strong> doze estrelas e, aos seus pés, a<br />

lua, imagem da mortalida<strong>de</strong>, porque, também ela, <strong>de</strong>ixou a morte<br />

para trás e foi inteiramente revestida da vida do Filho: Ela é, assim,<br />

o sinal da vitória do amor, da vitória <strong>de</strong> Deus.<br />

E ela que não se foi abaixo, mesmo no auge da prova, continua<br />

agora, lá do céu, a implorar o dom do Espírito Santo para<br />

que a Igreja persevere no fiel seguimento <strong>de</strong> Jesus Cristo. Para ela<br />

erguemos confiantes o olhar, como para um “sinal <strong>de</strong> consolação e<br />

<strong>de</strong> firme esperança” 1 .<br />

A primeira invocação mariana por nós conhecida foi composta<br />

no Egipto, no século III, e soa <strong>de</strong>ste modo: “À vossa proteção<br />

nos acolhemos, santa Mãe <strong>de</strong> Deus. <strong>Não</strong> <strong>de</strong>sprezeis as nossas súplicas<br />

em nossas necessida<strong>de</strong>s, mas livrai-nos <strong>de</strong> todos os perigos, ó<br />

Virgem gloriosa e bendita”.<br />

1 Cf. CONC. VATICANO II, Const. Dogm. Lumen Gentium, n. 68.<br />

60

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!