19.04.2013 Views

Não tenhais medo! - Centenário das Aparições de Fátima. 1917-2017

Não tenhais medo! - Centenário das Aparições de Fátima. 1917-2017

Não tenhais medo! - Centenário das Aparições de Fátima. 1917-2017

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Dêmos razões da nossa esperança<br />

os braços esperando que surja uma nova floresta, ou que do nada<br />

surjam outros materiais para po<strong>de</strong>r construir o que é necessário.<br />

A esperança certa é aquela <strong>de</strong> quem corta a floresta e <strong>de</strong>pois<br />

semeia uma outra, que só o será verda<strong>de</strong>iramente no tempo dos<br />

seus filhos e netos (Mc 4, 26-29).<br />

Neste tempo <strong>de</strong> escuridão e <strong>de</strong>sespero não são as manifestações<br />

e protestos que afastam o <strong>medo</strong>, é a família, a comunida<strong>de</strong>, a solidarieda<strong>de</strong><br />

e entreajuda. Se as instituições não nos po<strong>de</strong>m salvar, porque são<br />

construções artificiais e frágeis, a salvação está na nossa natureza: somos<br />

filhos <strong>de</strong> Deus porque somos criados à sua imagem e semelhança.<br />

Só o amor nos salva, o amor que Jesus tinha por cada um<br />

<strong>de</strong> nós que o levou a <strong>de</strong>rramar o seu sangue em resgate do nosso<br />

sangue e dar a vida pela nossa vida. Ele próprio que sentiu na pele<br />

a aniquilação resultante <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> vida meramente humanos,<br />

com a con<strong>de</strong>nação à morte na cruz e que grita nos momentos finais<br />

da sua vida: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste”<br />

(Mt 27, 46). Mas o Salmo 22 não é apenas este versículo; este salmo<br />

<strong>de</strong>monstra a esperança <strong>de</strong> quem sabe que Deus é absolutamente fiel<br />

à sua promessa original: “Em ti confiaram os nossos pais; confiaram<br />

e tu os libertaste” (Sl 22, 5); “Pois Ele não <strong>de</strong>sprezou nem <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nhou<br />

a aflição do pobre, nem <strong>de</strong>sviou <strong>de</strong>le a sua face; mas ouviu-o quando<br />

lhe pediu socorro” (Sl 22, 25). É esta a nossa esperança, a nosso motivação<br />

para continuar a nossa peregrinação humana percorrendo os<br />

caminhos da vida, apesar dos entraves que encontramos.<br />

Os teólogos e filósofos falam da lei natural como alicerce da<br />

vida humana, uma lei que brota da nossa essência que não é o indivíduo<br />

mas a comunida<strong>de</strong>: “Deus disse: ‘Façamos o ser humano à<br />

nossa imagem, à nossa semelhança, para que domine sobre os peixes<br />

do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre<br />

todos os répteis que rastejam pela terra’. Deus criou o ser humano<br />

à sua imagem, criou-o à imagem <strong>de</strong> Deus; Ele os criou homem e<br />

mulher” (Gen 1, 26-27).<br />

75

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!