Emília no País da Gramática - MiniWeb Educação
Emília no País da Gramática - MiniWeb Educação
Emília no País da Gramática - MiniWeb Educação
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
— Este é o CACÓFATO, que faz muita gente ligar palavras de<br />
modo a formar outras de sentido feio, como aquele sujeito que ouviu <strong>no</strong><br />
teatro uma grande cantora e foi dizer a um amigo: Ela trina que nem um<br />
sabiá. . .<br />
<strong>Emília</strong> tapou o nariz e dirigiu-se ao sexto cubículo, onde estava<br />
um maluco muito barulhento.<br />
— E este, com cara de cachorro? — in<strong>da</strong>gou.<br />
— Este é o ECO, que faz muita gente formar frases cheias de<br />
latidos, ou com desagradável repetição de sons. Quem diz: O pão de<br />
sabão caiu <strong>no</strong> chão late três vezes numa só frase, tudo por causa desta<br />
bisca.<br />
cara de gago.<br />
<strong>Emília</strong> passou ao sétimo cubículo, onde havia um freguês com<br />
— E este pandorga? — perguntou.<br />
— Este é o HIATO, que faz muita gente formar frases com<br />
acentuação incômo<strong>da</strong> para os ouvidos. Quem diz: A aula é lá fora está<br />
sendo vítima deste Senhor Hiato.<br />
<strong>Emília</strong> passou ao oitavo cubículo, onde estava presa uma<br />
mulher, to<strong>da</strong> requebra<strong>da</strong>.<br />
— E esta ciciosa? — perguntou.<br />
— Esta é a COLISÃO, que faz muita gente dizer frases cheias de<br />
consonâncias desagradáveis. Zumbindo as asas azuis é uma frase com o<br />
vício <strong>da</strong> Colisão.<br />
<strong>Emília</strong> passou ao <strong>no</strong><strong>no</strong> cubículo, onde estava um velho de<br />
cabelos brancos, todo coberto de teias de aranha.<br />
— Este Matusalém?<br />
— Este é o ARCAÍSMO, que faz muita gente pe<strong>da</strong>nte usar palavras<br />
que já morreram há muito tempo e que, portanto, ninguém mais<br />
entende.<br />
—Já estive <strong>no</strong> bairro <strong>da</strong>s palavras Arcaicas e travei<br />
conhecimento com algumas — observou Narizinho. — Mas por que está<br />
preso o pobre velho? Ele não tem culpa de haver palavras arcaicas.<br />
— Mas tem culpa de botar essas velhas corocas nas frases