19.04.2013 Views

Emília no País da Gramática - MiniWeb Educação

Emília no País da Gramática - MiniWeb Educação

Emília no País da Gramática - MiniWeb Educação

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

II<br />

Portugália<br />

Era uma ci<strong>da</strong>de como to<strong>da</strong>s as outras. A gente importante<br />

morava <strong>no</strong> centro e a gente de baixa condição, ou decrépita, morava <strong>no</strong>s<br />

subúrbios. Os meni<strong>no</strong>s entraram por um desses bairros pobres,<br />

chamado o bairro do Refugo, e viram grande número de palavras muito<br />

velhas, bem corocas, que ficavam tomando sol à porta de seus casebres.<br />

Umas permaneciam imóveis, de cócoras, como os índios <strong>da</strong>s fitas<br />

americanas; outras coçavam-se.<br />

— Essas coita<strong>da</strong>s são bananeiras que já deram cacho —<br />

explicou Quindim. — Ninguém as usa mais, salvo por fantasia e de<br />

longe em longe. Estão morrendo. Os gramáticos classificam essas<br />

palavras de ARCAÍSMOS. Arcaico quer dizer coisa velha, caduca.<br />

<strong>Emília</strong>.<br />

— Então, Dona Benta e Tia Nastácia são arcaísmos! — lembrou<br />

— Mais respeito com vovó, <strong>Emília</strong>! Ao me<strong>no</strong>s na ci<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

língua tenha compostura — protestou Narizinho.<br />

O ri<strong>no</strong>ceronte prosseguiu:<br />

— As coita<strong>da</strong>s que ficam arcaicas são expulsas do centro <strong>da</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!