Emília no País da Gramática - MiniWeb Educação
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língua a coisa é como é e não como deveria ser. Nesta ci<strong>da</strong>de os<br />
Substantivos terminados em O, U, I, Em, Im, Om, Um, En, L, R, S e X são<br />
quase sempre masculi<strong>no</strong>s.<br />
— Nossa Senhora! — exclamou Narizinho. — Quantas<br />
terminações! Os homens mostram o seu egoísmo em tudo. "Chamaram"<br />
para o sexo deles quase to<strong>da</strong>s as terminações possíveis. E os femini<strong>no</strong>s?<br />
— São quase sempre femini<strong>no</strong>s os Nomes terminados em A, Ã,<br />
Ção, Gem, Dade e Ice.<br />
— Bandidos! — protestou a menina. — Os homens tomaram<br />
para si doze terminações e só deixaram seis para o sexo femini<strong>no</strong> — a<br />
metade. . .<br />
— Não faz mal, Narizinho — consolou a boneca. — Quando nós<br />
tomarmos conta do mundo, havemos de fazer o contrário — ficar com<br />
doze para o <strong>no</strong>sso sexo e só <strong>da</strong>r seis para o sexo deles.<br />
O ri<strong>no</strong>ceronte continuou:<br />
— E há ain<strong>da</strong> Nomes que possuem dois sexos, isto é, que tanto<br />
servem para indicar seres ou coisas do gênero femini<strong>no</strong> como do<br />
masculi<strong>no</strong>. Nós, gramáticos, usamos um <strong>no</strong>me muito feio para designar<br />
tais substantivos — EPICENOS.<br />
— Isso não é designar, é xingar! — disse <strong>Emília</strong>.<br />
— Nomes como Onça, Cônjuge, Criança, Jacaré e tantos outros<br />
têm o defeito de servir para os dois sexos. São Nomes Epice<strong>no</strong>s.<br />
— Epice<strong>no</strong> é o nariz dos gramáticos — exclamou <strong>Emília</strong>.<br />
— Um defeito a gente deve corrigir. Xingar o defeito com um<br />
<strong>no</strong>me feio não adianta.<br />
— E há ain<strong>da</strong> — continuou o ri<strong>no</strong>ceronte — os Nomes<br />
chamados COMUNS DE DOIS, que ora são masculi<strong>no</strong>s, ora são femini<strong>no</strong>s.<br />
O Nome Artista, por exemplo, é Comum de Dois, porque a gente tanto<br />
pode dizer O Artista como A Artista. Fora dessas duas classes de<br />
Nomes, o resto passa dum sexo para outro por meio duma simples<br />
mu<strong>da</strong>nça do final. Os que terminam em O mu<strong>da</strong>m esse O em A e viram<br />
femini<strong>no</strong>s. Outros, porém, arranjam um <strong>no</strong>me diferente para o<br />
femini<strong>no</strong>, como Pai — Mãe; Frade — Freira; Cavalo — Égua; Ladrão —