Emília no País da Gramática - MiniWeb Educação
Emília no País da Gramática - MiniWeb Educação
Emília no País da Gramática - MiniWeb Educação
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
O AUTOR E SUA OBRA<br />
A elegante bengala do pai fascinava o meni<strong>no</strong> José Renato Monteiro<br />
Lobato. Mas como poderia usá-la se as iniciais eram JBML? E não havia jeito de<br />
apagá-las sem estragar a beleza de um objeto tão querido. Resolve, então, o<br />
dilema com uma solução simples e inventiva: passa a, assinar-se José Bento<br />
Monteiro Lobato, <strong>no</strong>me que conservará até o fim.<br />
Monteiro Lobato nasceu a 18 de abril de 1882 <strong>no</strong>s arredores de<br />
Taubaté, numa chácara que era a residência <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de seu avô, o visconde<br />
de Tremembé. Duas coisas encantavam o meni<strong>no</strong>: a vi<strong>da</strong> ao ar livre com os<br />
brinquedos feitos de mamão verde, chuchus, etc, e a biblioteca de seu avô.<br />
Alfabetizado por sua mãe, teve depois um professor particular e, aos sete a<strong>no</strong>s,<br />
entrou para um colégio de Taubaté.<br />
Logo demonstra sua vocação: escreve crônicas, poemas, contos e<br />
também faz desenhos para o jornalzinho colegial "O Guarani". Em 1900, quando<br />
termina o secundário, Lobato quer desenvolver seu talento para o desenho na<br />
Escola de Belas-Artes. Mas o avô impõe uma carreira ao jovem de dezoito a<strong>no</strong>s:<br />
o direito. Aos vinte e dois a<strong>no</strong>s, já formado, vai para Areias, onde se casa. Vara<br />
superar o tédio <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de sem atrativos e para<strong>da</strong> <strong>no</strong> tempo, escreve artigos para<br />
jornais do vale do Paraíba.<br />
Em 1911, morre o visconde de Tremembé, e Monteiro Lobato her<strong>da</strong> suas<br />
terras. Entrega-se à modernização de sua fazen<strong>da</strong>, mas esbarra na velha<br />
estrutura rural do país. Abandonados, sem higiene e alimentação, sem<br />
nenhuma orientação que os torne produtivos, os caboclos continuam praticando<br />
as queima<strong>da</strong>s que aprenderam com os avós. Assim nasce o Jeca Tatu, célebre<br />
símbolo do caipira brasileiro. Mas Lobato adverte: "Jeca não é assim. Está<br />
assim".<br />
Volta-se com seu dinamismo para a ativi<strong>da</strong>de cultural e editorial.<br />
Compra a famosa "Revista do Brasil" e lança "Urupês" (1918), reunião de contos<br />
regionalistas. Junto com "Ci<strong>da</strong>des mortas" (1919), "Negrinha" (1920), "On<strong>da</strong><br />
verde" (1921), "O choque <strong>da</strong>s raças ou o presidente negro" (1926), forma parte<br />
do conjunto de suas obras para adultos.<br />
Depois do fracasso de sua primeira editora, fun<strong>da</strong> a Companhia Editora<br />
Nacional (1923). Sua última investi<strong>da</strong> nesse campo será a fun<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> Editora<br />
Brasiliense (1945), com Caio Prado Jr. e Artur Neves. Outra de suas grandes<br />
lutas consiste na campanha pela exploração do ferro (para fabricar máquinas) e