Emília no País da Gramática - MiniWeb Educação
Emília no País da Gramática - MiniWeb Educação
Emília no País da Gramática - MiniWeb Educação
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
XXIV<br />
E o Visconde?<br />
Tornava-se preciso descobrir o Visconde. A sua misteriosa<br />
"sumição", como dizia a boneca, vinha preocupando a todos seriamente.<br />
As informações obti<strong>da</strong>s eram poucas e vagas. O vigia <strong>da</strong> Senhora<br />
Anticonstitucionalissimamente contara que o tinha visto por lá com um<br />
Ditongo debaixo do capote, a espernear. Uma <strong>da</strong>s Frases que tomavam<br />
sol <strong>no</strong> Jardim <strong>da</strong>s Orações também dissera que ele havia raptado um<br />
Ditongo. E foi só. Na<strong>da</strong> mais conseguiram colher.<br />
— Um Ditongo! — murmurava <strong>Emília</strong> com ruguinhas na testa.<br />
— Raptou um Ditongo!. . . Mas para quê, Santo Deus? Com que fim? Há<br />
em tudo isto um grande mistério. . .<br />
— Com certeza trata-se <strong>da</strong>lgum Ditongo arcaico, que ele furtou<br />
levado pela sua mania de antigui<strong>da</strong>des — sugeriu Pedrinho.<br />
— Não há Ditongos Arcaicos — disse Quindim.<br />
O remédio era um só — irem ao bairro <strong>da</strong>s Sílabas, que é onde<br />
moram os Ditongos.<br />
— Pois vamos — decidiu Narizinho.<br />
Foram — e montados em Quindim por ser meio longinho. Ao<br />
alcançar o bairro o ri<strong>no</strong>ceronte parou a fim de orientar-se.