30.04.2013 Views

Anais do I Congresso de Bioetica e Bem-Estar Animal - Unoesc

Anais do I Congresso de Bioetica e Bem-Estar Animal - Unoesc

Anais do I Congresso de Bioetica e Bem-Estar Animal - Unoesc

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> I <strong>Congresso</strong> Brasileiro <strong>de</strong> Bioética e <strong>Bem</strong>-<strong>Estar</strong> <strong>Animal</strong> e<br />

I Seminário Nacional <strong>de</strong> Biossegurança e Biotecnologia <strong>Animal</strong><br />

A produção <strong>de</strong> vacinas virais é mais complexas, pois tem-se que inicialmente produzir<br />

as células (<strong>de</strong> mamífero, tipo BHK, ou <strong>de</strong> insetos, como <strong>de</strong> Spo<strong>do</strong>ptera frugiperda), para<br />

posteriormente infectar e promover a produção massiva <strong>de</strong> vírus. Diversos sistemas po<strong>de</strong>m ser<br />

utiliza<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> biorreatores <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> agitação, quan<strong>do</strong> as células não precisam<br />

ficar ancoradas (caso da vacina anti-aftosa), ou sistemas ancora<strong>do</strong>s (caso <strong>do</strong>s antígenos da<br />

vacina para proteção contra <strong>do</strong>enças <strong>do</strong> complexo respiratório/reprodutivo), como garrafas<br />

roller, ban<strong>de</strong>jas (cell factories), cubos (cell cubes) e biorreatores com micro-carrega<strong>do</strong>res.<br />

3 - Cultivo em escala industrial<br />

Nesta etapa, faz-se ajustes <strong>do</strong> processo para que o aumento <strong>de</strong> escala efetua<strong>do</strong> não<br />

implique em perda <strong>de</strong> eficiência. Para tanto o próprio projeto <strong>do</strong> biorreator industrial <strong>de</strong>ve<br />

ser feito mediante critérios a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s <strong>de</strong> escalonamento consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> relações geométricas,<br />

coeficientes <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> oxigênio, potência para agitação fornecida ao meio líqui<strong>do</strong> por<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> volume, etc.<br />

4 - Inativação <strong>do</strong> agente<br />

Para vacinas inativadas é necessário proce<strong>de</strong>r à inativação <strong>do</strong> agente, o que po<strong>de</strong> ser feito por<br />

via química ou térmica.<br />

Em ambos os caso é necessário <strong>de</strong>terminar a cinética <strong>de</strong> inativação, <strong>de</strong> forma a ter uma vacina<br />

inócua.<br />

5 - Separação, purificação e concentração <strong>do</strong> produto<br />

Não basta produzir bem os antígenos <strong>de</strong> interesse. É necessário que as operações<br />

unitárias utilizadas no processo sejam eficientes, para que não se perca parte <strong>do</strong> antígeno<br />

nessas operações subseqüentes.<br />

6 - Formulação<br />

Esta última etapa consiste em se adicionar o adjuvante e eventuais preservantes, <strong>de</strong><br />

mo<strong>do</strong> que a vacina tenha a máxima eficiência e seja estável por longos (tipicamente 2 anos)<br />

perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> armazenamento. As condições <strong>de</strong> armazenamento são <strong>de</strong> 2 a 8ºC<br />

Existem vários tipos <strong>de</strong> adjuvantes comerciais utiliza<strong>do</strong>s em vacinas aquosas ou<br />

vacinas em emulsão. Alguns <strong>de</strong>les são <strong>de</strong> tal mo<strong>do</strong> eficientes que po<strong>de</strong>-se obter a resposta imune<br />

<strong>de</strong>sejada, mesmo com quantida<strong>de</strong>s muito pequenas <strong>de</strong> antígenos; isto tem evi<strong>de</strong>ntemente um<br />

gran<strong>de</strong> impacto no custo da vacina produzida.<br />

7 - Controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

Os controles <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> são efetua<strong>do</strong>s durante o processo <strong>de</strong> produção e também no<br />

produto final obti<strong>do</strong>.<br />

Os controles <strong>de</strong> processo incluem o pH, confirmação da inativação, quantificação <strong>do</strong><br />

antígeno e pureza (ou seja a ausência <strong>de</strong> outros microrganismos contaminantes).<br />

No produto final faz-se o pH, aspectos visuais, esterilida<strong>de</strong>/pureza, inocuida<strong>de</strong> e teste<br />

<strong>de</strong> potência.<br />

O teste <strong>de</strong> potência é feito através <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s imunoquímicos:<br />

- in vivo: realiza<strong>do</strong>s em animais <strong>de</strong> biotério (camun<strong>do</strong>ngos, cobaios e coelhos) e nas<br />

espécies-alvo para as quais a vacina é indicada.<br />

- in vitro: ELISAs, soro-neutralização, Lf, ToBI, etc<br />

Sistema CFMV/CRMVs - Comissão <strong>de</strong> Ética, Bioética e <strong>Bem</strong>-<strong>Estar</strong> <strong>Animal</strong> e Comissão <strong>de</strong> Biotecnologia e Biossegurança<br />

2

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!