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Anais do I Congresso de Bioetica e Bem-Estar Animal - Unoesc

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> I <strong>Congresso</strong> Brasileiro <strong>de</strong> Bioética e <strong>Bem</strong>-<strong>Estar</strong> <strong>Animal</strong> e<br />

I Seminário Nacional <strong>de</strong> Biossegurança e Biotecnologia <strong>Animal</strong><br />

animal examina<strong>do</strong> com sinais neurológicos é obrigatório o uso <strong>de</strong> luvas e em alguns<br />

casos máscaras e óculos, principalmente na necropsia. Para trabalhar no HVet-UnB to<strong>do</strong><br />

o pessoal tem que estar com sua vacinação em or<strong>de</strong>m principalmente em relação a raiva<br />

e ao tétano.<br />

A tuberculose e outras <strong>do</strong>enças respiratórias seguem a rotina <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> luvas,<br />

máscaras e lavagem das mãos.<br />

Os partos distócicos e cesarianas apresentam alta ocorrência sen<strong>do</strong> que o<br />

veterinário <strong>de</strong>ve estar bem protegi<strong>do</strong>, utilizan<strong>do</strong> macacão e jaleco e se possível avental<br />

plástico. Muitas vezes o local <strong>do</strong> parto é <strong>de</strong>sfavorável haven<strong>do</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> improvisos<br />

e cuida<strong>do</strong>s especiais. A nossa maior preocupação é com a brucelose e leptospirose. A<br />

primeira tem ocorrência relativamente baixa no DF, mas a maioria da vezes em que<br />

realizamos o parto distócico não há histórico sanitário da proprieda<strong>de</strong>.<br />

A salmonelose que tem alta incidência em eqüinos nos EUA e é um problema<br />

sério em hospitais americanos (DUNOWSKA, 2004), parece não ser muito importante no<br />

nosso caso, mas estamos realizan<strong>do</strong> estu<strong>do</strong>s para po<strong>de</strong>r afirmar isto. Os animais suspeitos<br />

são isola<strong>do</strong>s em locais improvisa<strong>do</strong>s até que se termine da construir o isolamento.<br />

Nos ruminantes as mastites e diarréias <strong>de</strong>vem ter cuida<strong>do</strong>s normais <strong>de</strong> higiene<br />

após o manuseio <strong>do</strong> animal.<br />

As <strong>do</strong>enças da pele mais comuns são a <strong>de</strong>rmatofilose e <strong>de</strong>rmatomicose,<br />

eventualmente o ectima contagioso nos pequenos ruminantes.<br />

Nos eqüinos <strong>de</strong>ve-se ter cuida<strong>do</strong> com as <strong>do</strong>enças neurológicas. A raiva não tem si<strong>do</strong><br />

muito freqüente, mas têm si<strong>do</strong> observa<strong>do</strong>s casos <strong>de</strong> Herpevírus Eqüino, meningoencefalite<br />

protozoária eqüina e leucoencefalomalácia, que não apresentam muitos riscos para o<br />

homem, mas <strong>de</strong>ve-se estar atento para possíveis casos <strong>de</strong> encefalomielite eqüina e febre<br />

<strong>do</strong> Nilo oci<strong>de</strong>ntal, que ainda não foi diagnosticada no Brasil, mas já foi na Argentina. A<br />

Leptospirose apresenta baixa ocorrência no DF e ainda não foi diagnosticada no Hospital<br />

Veterinário bem como a Brucelose Eqüina.<br />

Informações e cuida<strong>do</strong>s que o veterinário <strong>de</strong> campo <strong>de</strong>ve se preocupar.<br />

Aplicação <strong>de</strong> Vacinas e Inseticidas.<br />

Na aplicação da vacina contra a brucelose o cuida<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve ser re<strong>do</strong>bra<strong>do</strong> com<br />

o uso <strong>de</strong> luvas por ser uma vacina viva. O uso <strong>de</strong> inseticidas <strong>de</strong>ve seguir as normas <strong>de</strong><br />

biossegurança na sua aplicação com proteção a<strong>de</strong>quada (MANUAL TÉCNICO, 997).<br />

Resíduos <strong>de</strong> Medicamentos no Leite e Carne, micotoxinas e outros contaminantes.<br />

O veterinário <strong>de</strong> campo <strong>de</strong>ve ter compromisso com o uso <strong>de</strong> antibióticos e outros<br />

medicamentos para que não haja resíduos nos alimentos, observan<strong>do</strong> limites e prazos para<br />

o abate e utilização <strong>do</strong> leite após aplicação <strong>de</strong> medicamentos. O resíduo <strong>de</strong> antibióticos na<br />

carne e leite tem si<strong>do</strong> objeto <strong>de</strong> vários estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à indução <strong>de</strong> resistência bacteriana<br />

(RADOSTITS, 994). Há também o caso <strong>de</strong> medicamentos que são <strong>de</strong> uso proibi<strong>do</strong><br />

em animais como o cloranfenicol, furazoli<strong>do</strong>na, nitrofurazona (BRASIL, 998) e<br />

anabolizantes (BRASIL, 994).<br />

As rações po<strong>de</strong>m conter resíduos que nem sempre fazem mal para os animais,<br />

mas em longo prazo po<strong>de</strong>m afetar a saú<strong>de</strong> humana, como é o caso <strong>de</strong> certas micotoxinas<br />

(aflatoxina) presente em grãos e forragens. O mesmo caso se aplica a certas bactérias,<br />

como a E. coli e salmonelose po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o bovino ser um porta<strong>do</strong>r e no momento <strong>do</strong> abate<br />

contaminar a carne provocan<strong>do</strong> graves <strong>do</strong>enças em humanos.<br />

Sistema CFMV/CRMVs - Comissão <strong>de</strong> Ética, Bioética e <strong>Bem</strong>-<strong>Estar</strong> <strong>Animal</strong> e Comissão <strong>de</strong> Biotecnologia e Biossegurança

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