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Anais do I Congresso de Bioetica e Bem-Estar Animal - Unoesc

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> I <strong>Congresso</strong> Brasileiro <strong>de</strong> Bioética e <strong>Bem</strong>-<strong>Estar</strong> <strong>Animal</strong> e<br />

I Seminário Nacional <strong>de</strong> Biossegurança e Biotecnologia <strong>Animal</strong><br />

Deixan<strong>do</strong> situações específicas, ao consi<strong>de</strong>rarmos biossegurança em geral, <strong>de</strong>vemos<br />

lembrar que aci<strong>de</strong>ntes com material perfurocortante são os mais freqüentes. No Esta<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> São Paulo, o Sistema <strong>de</strong> Notificação <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes Biológicos (SINABIO), registrou<br />

<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1999 a outubro <strong>de</strong> 2003; 5.735 notificações <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes ocupacionais<br />

com exposição a flui<strong>do</strong>s biológicos, <strong>do</strong>s quais 4.604 (80.27%) ocorreram com materiais<br />

perfurocortantes sem esquecer <strong>do</strong>s riscos biológicos como transmissão <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças<br />

infecto-contagiosas, químicos, físicos, ergonomicos ou radioativos. Precisamos lembrar<br />

que não se reencapam agulhas hipodérmicas nem laminas <strong>de</strong> bisturi, que to<strong>do</strong> o material<br />

perfurocortante, contamina<strong>do</strong> ou não, <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>scarta<strong>do</strong> em embalagens específicas, <strong>de</strong><br />

pare<strong>de</strong>s duras e resistentes, claramente i<strong>de</strong>ntificadas.<br />

To<strong>do</strong> o material contaminante ou contamina<strong>do</strong> <strong>de</strong>verá ser acondiciona<strong>do</strong> em sacos<br />

plásticos <strong>de</strong> biossegurança brancos, leitosos e claramente i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s, padroniza<strong>do</strong> pela<br />

ABNT-NBR 9 90 (RODRIGUES, 2004). To<strong>do</strong> esse material <strong>de</strong>verá ser recolhi<strong>do</strong> para<br />

lixo especial.<br />

Medicamentos especiais como, por exemplo, os quimioterápicos <strong>de</strong>vem ser<br />

manipula<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma correta, visan<strong>do</strong> à proteção tanto <strong>do</strong> opera<strong>do</strong>r quanto <strong>do</strong> ambiente<br />

(PASIANATO, 2007). Em muitos casos os medicamentos <strong>de</strong>vem ser manipula<strong>do</strong>s em<br />

capelas <strong>de</strong> exaustão química, <strong>de</strong>vidamente certificada.<br />

Exames laboratoriais. Os Médicos Veterinários <strong>de</strong> Pequenos Animais não po<strong>de</strong>m<br />

esquecer que mesmo procedimentos simples, com amostras clínicas, <strong>de</strong>mandam cuida<strong>do</strong>s<br />

especiais. Amostras <strong>de</strong> fezes, por exemplo, <strong>de</strong>vem sempre ser manipuladas com luvas <strong>de</strong><br />

procedimento, máscaras e óculos protetores, uma vez que agentes etiológicos elimina<strong>do</strong>s<br />

pelas fezes ou urina po<strong>de</strong>m permanecer viáveis por longo tempo no ambiente, à espera <strong>de</strong><br />

uma oportunida<strong>de</strong> para infectar um hospe<strong>de</strong>iro susceptível.<br />

Resíduos. Toda Clínica Veterinária <strong>de</strong>ve ter um Plano <strong>de</strong> Gerenciamento <strong>de</strong><br />

Resíduos, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a legislação nacional vigente, que abranja a segregação que tem<br />

como finalida<strong>de</strong> evitar a mistura <strong>do</strong>s incompatíveis, visan<strong>do</strong> garantir a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> reutilização, reciclagem e a segurança no manuseio; a i<strong>de</strong>ntificação utilizan<strong>do</strong> as<br />

simbologias baseadas na norma ABTN 7500 a 7504 a na Resolução CONAMA 275/0 ;<br />

coleta e transporte interno que compreen<strong>de</strong> a operação <strong>de</strong> transferência <strong>do</strong>s resíduos<br />

acondiciona<strong>do</strong>s <strong>do</strong> local da geração para o armazenamento temporário ou tratamento<br />

interno (<strong>de</strong>scontaminação e reprocessamento); tratamento externo sen<strong>do</strong> observada as<br />

exigências legais quan<strong>do</strong> se tratar <strong>de</strong> resíduos Classe I – Perigosos.<br />

Limpeza. O chão <strong>de</strong>ve ser manti<strong>do</strong> limpo e seco. A professora Masaio Ishizuka da<br />

USP orienta que a limpeza seja conduzida em duas etapas: remoção das sujida<strong>de</strong>s e lavagem.<br />

A primeira visa retirar to<strong>do</strong>s os materiais potencialmente contamina<strong>do</strong>s que po<strong>de</strong>rão atuar<br />

como vias <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> agentes <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças (po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser realizada com auxílio <strong>de</strong><br />

pás e vassouras). Quan<strong>do</strong> da varredura, ela recomenda ume<strong>de</strong>cer o material a ser removi<strong>do</strong><br />

para evitar aerossóis. A lavagem objetiva completar a remoção <strong>de</strong> sujida<strong>de</strong>s e possibilita<br />

a melhor ação <strong>do</strong>s <strong>de</strong>sinfetantes que po<strong>de</strong>m apresentar dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> penetração em<br />

matéria orgânica presente em excesso. O uso <strong>de</strong> sabão e/ou <strong>de</strong>tergente tem como objetivo<br />

a remoção <strong>de</strong> gorduras e po<strong>de</strong>rá também facilitar a atuação <strong>do</strong>s <strong>de</strong>sinfetantes. É importante<br />

que sejam utiliza<strong>do</strong>s produtos aprova<strong>do</strong>s e registra<strong>do</strong>s pelo Ministério da Agricultura,<br />

Abastecimento e Pecuária (MAPA/Brasil), que sejam obe<strong>de</strong>cidas às recomendações <strong>do</strong><br />

fabricante quanto ao uso, à armazenagem, diluição, tempo para ação e principalmente<br />

quanto ao <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> embalagens, contato com crianças, animais e pessoas.<br />

Sistema CFMV/CRMVs - Comissão <strong>de</strong> Ética, Bioética e <strong>Bem</strong>-<strong>Estar</strong> <strong>Animal</strong> e Comissão <strong>de</strong> Biotecnologia e Biossegurança

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