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CAPÍTULO VI ESTUDO DE CASO – REA/BRASIL

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Se ainda precisamos compreender a extensão ou importância do trabalho de<br />

pesquisadores amadores, vale citar Bernhardt Schmidt (1879-1935) apud DYSON<br />

(2005):<br />

No monte Palomar na Caifórnia existem dois famosos telescópios, o menor, de 18<br />

polegadas, fez descobertas inigualáveis, ele foi criado pelo astrônomo amador alemão<br />

Bernhardt Schmidt, um óptico profissional que ganhava a vida produzindo lentes e<br />

espelhos e trabalhou como convidado sem remuneração no observatório da<br />

Universidade de Hamburgo. Em 1929, ele inventou um novo telescópio que produzia<br />

imagens fotográficas nitidamente enfocadas de um amplo campo de visão. Ele<br />

construiu e instalou o primeiro telescópio Schmidt em Hamburgo. O telescópio<br />

Schmidt possibilitou pela primeira vez fotografar rapidamente grandes áreas do céu,<br />

comparado com os anteriores, podia fotografar uma área cerca de cem vezes maior a<br />

cada noite. O invento de Schmidt foi fundamental nas descobertas de Fritz Zwicky,<br />

profissional.<br />

Há necessidade, no entanto, de diferenciar astrônomos amadores entre<br />

(1) observadores e<br />

(2) pesquisadores.<br />

Em primeiro lugar, obviamente todos são observadores porque a astronomia<br />

é uma ciência observacional, no entanto, o grupo de astrônomos amadores<br />

observadores é formado por apaixonados pelo céu mas cujo interesse reside na<br />

simples observação e que se dedicam ao reconhecimento do céu e divulgação da<br />

astronomia, como os Clubes de Astronomia, por exemplo. Estes amadores montam<br />

seus telescópios no meio da cidade, em locais movimentados, atraindo a atenção<br />

das pessoas e, pacientemente, ensinando a adultos e crianças, como acontece<br />

eventualmente no Parque do Ibirapuera em São Paulo, ou em seus encontros de<br />

astronomia anuais.<br />

Marcelo Ferroni, em artigo publicado na Revista Galileu 11 (p. 62-65) cita que:<br />

os grupos de astrônomos amadores estão cada dia mais organizados. Fora do Brasil,<br />

são freqüentes as viagens para realizar observações privilegiadas de eventos<br />

cósmicos. A astrônoma amadora e aposentada Helga Szmuk ... lembra-se até hoje de<br />

uma expedição de que participou em 1992 ao lado de norte-americanos. Para melhor<br />

observar um eclipse solar. O grupo veio ao Brasil, fretou um avião e pôde observar o<br />

fenômeno sobre o Atlântico Sul.<br />

Esta e outras experiências contribuem para aumentar o grupo de astrônomos<br />

amadores observadores. Helga Szmuk, citada acima, mantém contato por exemplo,<br />

com um grupo americano conhecido como “Sidewalk Astronomers” (astrônomos de<br />

11 Ferroni, Marcelo. O céu em detalhes. Revista Galileu, São Paulo, ed. Globo, Outubro de 2003, p. 62-65.<br />

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