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CAPÍTULO VI ESTUDO DE CASO – REA/BRASIL

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objetos próximos da terra, basicamente formados por asteróides e cometas. Através<br />

da IAU <strong>–</strong> International Astronomical Union (União Astronômica Internacional),<br />

entidade que centraliza as informações sobre cada novo corpo suspeito, o Minor<br />

Planet Center tem registrado algo em torno de 3.000 NEOs. O artigo cita (p. 108)<br />

que:<br />

Um pelotão de astrônomos, na maioria amadores, se incumbe de acompanhar cada<br />

suspeito...No Hemisfério Sul, onde existem poucos observadores, o Brasil tem posição<br />

de destaque nessa tarefa. Os programas de patrulhamento desenvolvidos pelos<br />

astrônomos amadores Paulo Holvorcem, de Campinas, e Cristóvão Jacques, de Belo<br />

Horizonte, por exemplo, já receberam dois prêmios em dinheiro para continuar seu<br />

bem-sucedido trabalho. O financiamento veio da Sociedade Planetária, uma<br />

associação fundada pelo astrônomo americano Carl Sagan para incentivar pesquisas<br />

sobre o sistema solar.<br />

Voltando a citar Marte, no artigo “Desbravadores de Marte” 4 , Revista Isto é<br />

(dez, 2000, p. 108-110), FRUET comenta que “Há mais de 20 anos, boa parte do<br />

estudo do clima marciano está sob a responsabilidade dos astrônomos amadores”.<br />

Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, pesquisador titular do Museu de Astronomia e<br />

Ciências Afins do Rio de Janeiro, entrevistado pelo autor, cita que “só os<br />

profissionais não dão conta de observar todos os fenômenos do universo”. Mais<br />

adiante na matéria (p. 109), Nelson Falsarella, coordenador da observação marciana<br />

da <strong>REA</strong> <strong>–</strong> Rede de Astronomia Observacional, cita que “a astronomia é uma das<br />

poucas áreas em que o trabalho de amadores é de grande importância”.<br />

Em artigo publicado na Internet e intitulado “O dinamismo da atmosfera de<br />

Júpiter” 5 , Antonio José Cidadão observa que a obtenção de resultados precisos da<br />

análise e tratamento estatístico de um grande número de imagens e informações só<br />

poderá ser feita com a contribuição ativa de associações e organizações de bases<br />

de dados amadoras, para onde envia os resultados de suas próprias observações,<br />

ressaltando ainda a importância destes “planos de trabalho” conjunto:<br />

A intervalos coincidentes com um dos clássicos sistemas de rotação do planeta, que<br />

em todos os casos ronda às 10 horas, são obtidas imagens que depois se utilizam<br />

como fotogramas para construir uma animação. É uma tarefa que pode ser difícil de<br />

conseguir a partir de uma única posição geográfica, devido ao período de rotação da<br />

terra (24 horas) e, fundamentalmente, pelas incertezas associadas à transparência e<br />

estabilidade de nossa própria atmosfera. Os resultados obtidos pelos amadores não<br />

se comparam em resolução (tanto espacial como espectral) ou cobertura contínua (em<br />

períodos de tempo muito limitados) aos até agora acumulados por sondas espaciais,<br />

nomeadamente Cassini 1 e Voyager2. No entanto, a comunidade amadora é<br />

globalmente muito extensa, e é formada por observadores motivados que têm acesso<br />

4 FRUET, Henrique. Revista Isto É. 13 de Dezembro de 2000, p. 108-110.<br />

5 CIDADÃO, Antonio José. Secção Planetária da APAA <strong>–</strong> Associação Portuguesa de Astrônomos Amadores <strong>–</strong><br />

http://www.apaa.online.pt/planetas acesso em 05.Abril.2005;<br />

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