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CAPÍTULO VI ESTUDO DE CASO – REA/BRASIL

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quais são apaixonados, como Marte para Nelson Falsarella ou cometas e meteoros<br />

para Paulo Holvorcem ou Cristóvão Jacques, citados anteriormente.<br />

Além de Ferris, Dyson cita o inglês Patrick Moore, da aldeia de Selsey,<br />

também autor de livros sobre ciência, que é um observador sistemático da lua,<br />

interessado especialmente pelo lado escuro, inacessível, visível apenas em poucas<br />

ocasiões onde a órbita da lua oscila ligeiramente, permitindo enxergar algumas<br />

poucas regiões. Numa destas ocasiões Moore descobriu “Mare Orientale”,<br />

escondida atrás da borda oriental da lua. Deu-lhe este nome seguindo a<br />

nomenclatura dada por outro astrônomo amador, Johannes Hevelius, que mapeou<br />

as regiões sombrias do lado frontal da lua em 1647, chamando-as de mares.<br />

Hevelius, segundo DYSON, foi um cervejeiro de Gdansk (Polônia) que fez o primeiro<br />

mapa preciso da lua.<br />

DYSON cita ainda, no mesmo artigo, referindo-se ao livro de Ferris “Seeing in<br />

the dark” 10 , que trata da importância dos astrônomos amadores na exploração do<br />

universo ao longo dos séculos e ainda hoje:<br />

Patrick Moore era um amador à moda antiga quando descobriu “Mare Orientale”,<br />

observando laboriosamente a lua pelo telescópio, desenhando mapas de suas<br />

observações com lápis e papel. Hoje os amadores observam o céu com câmeras<br />

eletrônicas digitais, registram as imagens com computadores pessoais e usam<br />

software disponível no comércio. O papel dos amadores tornou-se mais importante<br />

nos últimos 20 anos, devido ao advento das câmeras eletrônicas, computadores e<br />

software produzidos em massa, por baixo preço. Hoje os amadores sérios podem<br />

comprar equipamentos que poucos observatórios profissionais podiam ter há 20 anos<br />

atrás. Os computadores pessoais são usados não apenas para registrar dados, mas<br />

para se comunicar rapidamente com outros observadores e coordenar as observações<br />

ao redor do mundo...Existem outras áreas de pesquisa em que uma rede de amadores<br />

bem equipados e coordenados pode se sair tão bem quanto os profissionais.<br />

No geral, amadores lidam com pesquisa observacional, dados obtidos através<br />

da observação e registro sistemático de dados e têm duas grandes vantagens,<br />

segundo DYSON (2005): a capacidade de observar extensas áreas do céu<br />

repetidamente e a capacidade de manter observações por longos períodos.<br />

Amadores freqüentemente estão envolvidos na descoberta de eventos imprevisíveis<br />

como tempestades atmosféricas em planetas ou explosões de estrelas e, ao fazer<br />

uma descoberta é seguido por um profissional que, com análises detalhadas ou<br />

teóricas, chegam juntos a resultados publicados em conjunto.<br />

10<br />

FERRIS, Timothy. Seeing in the Dark : How Amateur Astronomers Are Discovering the Wonders of the<br />

Universe. Ed. Simon and Schuster. Nova York/NY-USA, 2002.<br />

9

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