CAPÍTULO VI ESTUDO DE CASO – REA/BRASIL
CAPÍTULO VI ESTUDO DE CASO – REA/BRASIL
CAPÍTULO VI ESTUDO DE CASO – REA/BRASIL
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
2.4. A virtualização da organização<br />
Virtualizar os processos de comunicação foi, para esta organização, uma<br />
questão de sobrevivência, segundo a percepção de seus fundadores. Essa é uma<br />
das bases iniciais deste estudo, identificar até que ponto esta virtualização<br />
realmente contribuiu para a sobrevivência e, talvez, crescimento da organização.<br />
JACOSKI (2005) observa que:<br />
O surgimento de novas tecnologias tem possibilitado a virtualização de organizações<br />
tradicionais, sendo que em alguns casos, a virtualização emerge da vontade própria<br />
da empresa e em outros da necessidade ocasionada pela concorrência ou situação do<br />
mercado.<br />
No caso da <strong>REA</strong>/Brasil, a virtualização ocorreu em virtude da necessidade de<br />
agilizar os processos comunicacionais e, como vimos no histórico, de acompanhar e<br />
atender às exigências dos organismos internacionais congêneres ou centralizadores<br />
de observações.<br />
Além disso, CASTELS (2003, p. 181) observa que, no atual sistema<br />
econômico-social, baseado nas novas tecnologias da informação e da comunicação,<br />
a inovação é importantíssima. Afirma o autor que “a habilidade organizacional em<br />
aumentar as fontes de todas as formas de conhecimentos torna-se a base da<br />
empresa inovadora”. Embora no caso da <strong>REA</strong>/Brasil não haja o componente<br />
econômico, prevalece a questão da inovação e necessidade de estímulo à troca de<br />
conhecimentos entre a organização e os membros por dois motivos: o membro<br />
detém o conhecimento referente a sua área e a <strong>REA</strong> precisa deste conhecimento<br />
para “construir-se” e tornar-se competitiva, assim como o membro precisa de uma<br />
organização como suporte.<br />
Esse processo organizacional, contudo, requer a participação intensa de todos os<br />
trabalhadores (membros) no processo de inovação, de forma que não guardem seus<br />
conhecimentos tácitos apenas para o benefício próprio. Também exige estabilidade da<br />
força de trabalho da organização, porque apenas dessa forma é racional que um<br />
individuo transfira seus conhecimentos para a organização e a organização difunda<br />
conhecimentos explícitos entre seus membros.<br />
NAPOLEÃO comenta, em entrevista a esta pesquisadora, sobre as vantagens<br />
e desvantagens da virtualização (grifos da autora):<br />
46