fundação getulio vargas escola de contas e gestão ... - ECG / TCE-RJ
fundação getulio vargas escola de contas e gestão ... - ECG / TCE-RJ
fundação getulio vargas escola de contas e gestão ... - ECG / TCE-RJ
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Nesse momento que surge pela primeira vez a expressão<br />
“<strong>de</strong>senvolvimento sustentável”, apresentando-se como um novo mo<strong>de</strong>lo, no qual<br />
tanto os países <strong>de</strong>senvolvidos quanto os países em <strong>de</strong>senvolvimento possam se<br />
enquadrar, sem que estes últimos se sintam injustiçados.<br />
Este relatório, Nosso Futuro Comum, não é uma previsão <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cadência, pobreza e dificulda<strong>de</strong>s ambientais cada vez maiores<br />
num mundo cada vez mais poluído e com recursos cada vez<br />
menores. Vemos, ao contrário, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma nova era<br />
<strong>de</strong> crescimento econômico, que tem <strong>de</strong> se apoiar em práticas que<br />
conservem e expandam a base <strong>de</strong> recursos ambientais. E<br />
acreditamos que tal crescimento é absolutamente essencial pra<br />
mitigar a gran<strong>de</strong> pobreza que se vem intensificando na maior<br />
parte do mundo em <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
(Teresa Urban citada em SOARES, 2004, p.43)<br />
Como se vê o objetivo do Relatório <strong>de</strong> Brundtland não era prejudicar o<br />
crescimento dos países em <strong>de</strong>senvolvimento, mas sim <strong>de</strong>monstrar, inclusive, que o<br />
crescimento <strong>de</strong>senfreado levou a miséria e a <strong>de</strong>gradação do meio ambiente a muitos<br />
lugares, e para se reverter tal situação, somente propondo-se uma nova forma <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento, qual seja, o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.<br />
Vale ressaltar que alguns autores colocam que o conceito<br />
<strong>de</strong>senvolvimento sustentável surgiu pela primeira vez, com o nome <strong>de</strong><br />
eco<strong>de</strong>senvolvimento, no início da década <strong>de</strong> 70, cuja autoria não se tem certeza,<br />
mas em geral é atribuída a Ignacy Sachs, da Escola <strong>de</strong> Altos Estudos em Ciências<br />
Sociais <strong>de</strong> Paris.<br />
Do outro lado, os chamados <strong>de</strong>terministas geográficos (ou<br />
“ecocêntricos” radicais), para os quais o meio ambiente apresenta<br />
limites absolutos ao crescimento econômico, sendo que a<br />
humanida<strong>de</strong> estaria próxima da catástrofe, mantidas as taxas<br />
observadas <strong>de</strong> expansão da extração <strong>de</strong> recursos naturais<br />
(esgotamento) e <strong>de</strong> utilização da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assimilação do<br />
meio (poluição).<br />
O conceito <strong>de</strong> eco<strong>de</strong>senvolvimento emerge <strong>de</strong>sse contexto como<br />
uma proposição conciliadora, on<strong>de</strong> se reconhece que o progresso<br />
técnico efetivamente relativiza os limites ambientais, embora não<br />
os elimine, e que o crescimento econômico é condição<br />
necessária, mas não suficiente, para a eliminação da pobreza e<br />
das disparida<strong>de</strong>s sociais.<br />
(ROMEIRO, n.d., p. 76,77)<br />
27