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Numa revolução social nas favelas do Rio ... - Comunità Italiana

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entrevista<br />

ta. temos alternância normal. Na<br />

Itália, atualmente o governo é<br />

de esquerda, mas já foi de direita.<br />

Não temos qualquer problema<br />

em relação a isso, desde que se<br />

respeitem os princípios democráticos.<br />

Agora, nós temos uma<br />

posição de critica quanto a atenta<strong>do</strong>s<br />

à liberdade de expressão e<br />

vemos com inquietação o impedimento<br />

à prorrogação da concessão<br />

de um canal de televisão<br />

na Venezuela. Dizemos isso clara<br />

e fracamente e não afirmamos isso<br />

ape<strong>nas</strong> na América <strong>do</strong> Sul. Há<br />

problemas na Rússia, à qual nós<br />

também alertamos. Não é uma<br />

questão ape<strong>nas</strong> de ser de esquerda<br />

ou de direita. É uma questão<br />

de respeito à democracia.<br />

CI – Na Bolívia, o governo desapropriou<br />

várias empresas. Até<br />

onde isso implica nos investimentos<br />

no país?<br />

JP – Eu sou o representante da<br />

UE no brasil, portanto o enfoque<br />

sobre a bolívia não é fácil para<br />

mim. O que posso dizer é que nós<br />

respeitamos o direito de to<strong>do</strong>s os<br />

países a se apoderar, de maneira<br />

legítima, de seus recursos naturais.<br />

Agora, certas medidas tomadas<br />

não parecem facilitar a entrada<br />

de investimentos estrangeiros.<br />

São contra o investimento estrangeiro.<br />

Não creio que isso seja<br />

bom para a bolívia, assim como<br />

não é bom para qualquer outro<br />

país. O investimento estrangeiro<br />

direto na capacidade produtiva<br />

trás mais empregos, tecnologia e<br />

distribuição de riqueza. tu<strong>do</strong> isso<br />

enquadra<strong>do</strong> no respeito às leis<br />

de cada país. Medidas que podem<br />

ser entendidas contrárias aos investimentos<br />

estrangeiros não favorecem<br />

o desenvolvimento. Mas<br />

cada país decide por si.<br />

CI – Como deve evoluir o tratamento<br />

da UE em relação ao Brasil<br />

e ao Mercosul?<br />

JP – Nós continuamos interessa<strong>do</strong>s<br />

em reforçar a integração regional.<br />

Achamos que isso é bom<br />

para o desenvolvimento <strong>do</strong> país<br />

e para a estabilidade na região.<br />

Portanto, nós tu<strong>do</strong> faremos para<br />

ajudar a integração regional.<br />

Vamos fazer prosseguin<strong>do</strong> as negociações<br />

com o Mercosul, como<br />

bloco. Agora, dentro <strong>do</strong> Mercosul<br />

temos uma relação especial com<br />

o brasil. A questão é: será que<br />

isso ajuda? Acho que isso ajuda<br />

a nossa relação com o Mercosul<br />

porque se tivermos uma relação<br />

mais estreita, um diálogo mais<br />

concreto, compreenden<strong>do</strong> mais<br />

questões de um e de outros, isso<br />

vai nos auxiliar também na compreensão<br />

sobre o que a gente pode<br />

colaborar com o Mercosul.<br />

CI – O que falta para haver um<br />

salto de qualidade <strong>nas</strong> relações<br />

com o Mercosul?<br />

JP – O acor<strong>do</strong> ajuda muito. A UE é<br />

o maior bloco comercial <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

e o maior destino das exportações<br />

brasileiras, além de ser<br />

maior investi<strong>do</strong>r <strong>do</strong> brasil. E isso<br />

também deveria ser aborda<strong>do</strong><br />

com os outros países na hora de<br />

um acor<strong>do</strong>. O que falta é termos<br />

clareza sobre aquilo que é principal<br />

na negociação para to<strong>do</strong>s<br />

nós, brasil, países <strong>do</strong> Mercosul e<br />

UE, que é fechar a Rodada de Doha.<br />

Quan<strong>do</strong> nós tivermos clareza<br />

de quan<strong>do</strong> isso seria possível,<br />

podemos relançar as negociações<br />

com o Mercosul.<br />

CI – O Brasil se queixa de enfrentar<br />

dificuldades em por os<br />

seus produtos agrícolas na UE.<br />

A recente parceria pode ajudar a<br />

mudar isso?<br />

JP – Não diretamente, porque as<br />

questões comerciais devem ser resolvidas<br />

na Rodada de Doha ou na<br />

negociação com o Mercosul. Não<br />

haverá uma negociação comercial<br />

com o brasil porque o país já faz<br />

parte de um bloco comercial. Nós<br />

não podemos negociar só com o<br />

brasil, nós temos que negociar<br />

com os parceiros <strong>do</strong> Mercosul.<br />

Agora, deixa eu lhe dizer: em termos<br />

de barreiras, o brasil enfrenta<br />

menos barreiras com a Europa<br />

<strong>do</strong> que com o resto <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Já<br />

somos o maior destinatário de exportação<br />

<strong>do</strong> brasil e somos, ainda,<br />

de forma mais clara, o principal<br />

destinatário das exportações agrícolas<br />

brasileiras. O brasil exporta<br />

muito mais para a Europa <strong>do</strong> que<br />

para os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. O brasil<br />

exporta carne fresca para a Europa<br />

e não exporta um único bife<br />

para o EUA. Acho que há menos<br />

barreiras na UE <strong>do</strong> que noutros<br />

países. A prova está na diferença<br />

entre esses fluxos comerciais.<br />

CI – Um <strong>do</strong>s itens da parceria são<br />

os Direitos Humanos. Como a UE<br />

pode contribuir nesta questão?<br />

JP – É uma questão interna. A Europa<br />

e o brasil têm a mesma visão<br />

de Direitos Humanos. O que<br />

há no brasil é um problema de<br />

respeito aos direitos humanos<br />

em determinadas áreas. Há um<br />

grande esforço <strong>do</strong> governo federal<br />

para resolver a situação.<br />

“O Brasil exporta<br />

muito mais para<br />

a Europa <strong>do</strong> que<br />

para os Esta<strong>do</strong>s<br />

Uni<strong>do</strong>s. O Brasil<br />

exporta carne<br />

fresca para a<br />

Europa e não<br />

exporta um único<br />

bife para o EUA”<br />

temos projetos de cooperação<br />

com o brasil. Eu vou te dar um<br />

exemplo: temos um para instalar<br />

ouvi<strong>do</strong>rias de polícias, temos<br />

outro para combater a violência<br />

e a tortura. Estamos sempre dispostos<br />

a ajudar. O problema não<br />

é de leis e nem de vontade política.<br />

O problema está na realidade<br />

<strong>do</strong> dia-a-dia. Agora, é algo<br />

que compete ape<strong>nas</strong> ao brasil resolver.<br />

Nós podemos ajudar, mas,<br />

para ser sincero, a maior parte <strong>do</strong><br />

trabalho tem que ser feito pelos<br />

brasileiros.<br />

Divulgação<br />

CI – E como está o investimento<br />

brasileiro na Europa?<br />

JP – Está melhoran<strong>do</strong>. No último<br />

ano, houve cinco bilhões de euros<br />

de investimento brasileiro na Europa,<br />

o que é uma coisa extraordinária.<br />

O brasil já está entre os dez<br />

maiores investi<strong>do</strong>res na Europa.<br />

Isso é bom. Isso quer dizer que as<br />

empresas brasileiras estão se internacionalizan<strong>do</strong><br />

e investin<strong>do</strong>.<br />

CI – E o investimento brasileiro<br />

na Europa tende a evoluir?<br />

JP – Isso é com as empresas. É<br />

muito difícil dizer. O que posso<br />

dizer é que o vemos com bons<br />

olhos. Gostamos muito de investimentos<br />

estrangeiros na Europa<br />

e, em particular, <strong>do</strong>s brasileiros.<br />

Isso é muito boa noticia.<br />

CI – Como o senhor analisa a inserção<br />

da Itália na EU?<br />

JP – A Itália é um grande país<br />

funda<strong>do</strong>r da União Européia.<br />

Entre os seis paises funda<strong>do</strong>res<br />

estava a Itália. O trata<strong>do</strong> de<br />

fundação da União Européia é<br />

o trata<strong>do</strong> de Roma. Eu sei que<br />

a Itália aqui no brasil tem uma<br />

das maiores comunidades e tem<br />

muitos brasileiros que possuem o<br />

passaporte italiano. Eu julgo que<br />

essa parceria estratégica com o<br />

brasil vai ajudar aproximar ainda<br />

mais os <strong>do</strong>is países.<br />

SaluteSaúdeSaluteSaúdeSaluteSaúdeSaluteSaúdeSaluteSaúdeSaluteSaúdeSa<br />

Xô TPM!<br />

Os transtornos da tensão Pré-Menstrual<br />

(tPM) não atingem ape<strong>nas</strong><br />

as mulheres que sofrem desse mal, mas<br />

to<strong>do</strong>s a sua volta. Há, no entanto, como<br />

evitá-los. Cientistas da Universidade<br />

de Massachusetts, nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s,<br />

afirmam que uma dieta rica em cálcio e<br />

vitamina D ajuda a minimizar o problema.<br />

Um estu<strong>do</strong> comprovou que as mulheres<br />

sem tPM costumavam ingerir em<br />

média quatro porções por dia de leite<br />

desnata<strong>do</strong>, além de suco de laranja ou<br />

laticínios de baixo teor de gordura, como<br />

iogurtes.<br />

Coração na balança<br />

Obesos têm mais chances de sobreviver<br />

a ataques <strong>do</strong> coração e a crises<br />

de angina <strong>do</strong> que pessoas magras. Depois<br />

de analisar 1.676 pacientes, com peso<br />

normal e acima da média, interna<strong>do</strong>s<br />

após enfrentar um desses problemas,<br />

pesquisa<strong>do</strong>res suíços e alemães concluíram<br />

que, apesar da maior suscetibilidade<br />

às <strong>do</strong>enças cardíacas, os<br />

obesos têm três vezes menos chances<br />

de morrer em até três anos após<br />

o tratamento.<br />

Grupo Keystone<br />

Grupo Keystone<br />

Contra a cistite<br />

A<br />

<strong>do</strong>ença inflamatória ou infecciosa da bexiga<br />

atinge de 20 a 30% das mulheres entre<br />

20 e 50 anos, pelo menos uma vez por ano. Segun<strong>do</strong><br />

o professor Ro<strong>do</strong>lfo Milani, <strong>do</strong> Ospedale<br />

bassini Azienda Ospedaliera San Gerar<strong>do</strong> di<br />

Monza e da Università degli Studi Milano-bicocca,<br />

é possível diminuir os riscos de contraí-la.<br />

Além de sempre cuidar da higiene íntima com<br />

uma boa limpeza da área genital e urinária, o<br />

médico recomenda uma dieta rica em fibras e<br />

também beber <strong>do</strong>is litros de água por dia.<br />

Reprodução<br />

Inconveniente<br />

ma non troppo<br />

Pigmento existente no jamelão conheci<strong>do</strong><br />

por provocar o transtorno<br />

de manchas, quem diria, também pode<br />

ajudar na luta contra o câncer. Segun<strong>do</strong><br />

pesquisa<strong>do</strong>res da Universidade Estadual<br />

de Campi<strong>nas</strong> (Unicamp), o extrato da<br />

fruta contém antociaci<strong>nas</strong>, substâncias<br />

presentes na pigmentação que, em testes<br />

de laboratório, causaram a morte de<br />

uma média de 90% de células leucêmicas.<br />

Os testes foram feitos também em<br />

células sadias, das quais 20% morreram.<br />

Cuida<strong>do</strong> com a carne<br />

Pesquisa<strong>do</strong>res da Universidade de Leeds,<br />

na Inglaterra, reforçaram a idéia de que<br />

comer carne vermelha pode causar câncer de<br />

mama. De acor<strong>do</strong> com o estu<strong>do</strong> feito com 35<br />

mil mulheres, de 35 a 69 anos, as pacientes<br />

que comeram mais de 57 gramas diárias tiveram<br />

o risco da <strong>do</strong>ença eleva<strong>do</strong> em 56%. A<br />

taxa subiu para 64 % entre as que colocavam<br />

no prato mais de 20 gramas de carne processada<br />

industrialmente.<br />

Grupo Keystone<br />

Grupo Keystone<br />

Lá vem o sol I<br />

Em tempos de aquecimento global, o<br />

sol tem se destaca<strong>do</strong> mais pelo papel<br />

de vilão. Mas pesquisa<strong>do</strong>res da Universidade<br />

<strong>do</strong> Sul da Califórnia, nos Esta<strong>do</strong>s<br />

Uni<strong>do</strong>s, acabam de descobrir que,<br />

além <strong>do</strong>s seus inúmeros efeitos benéficos<br />

e maléficos já conheci<strong>do</strong>s, o astro<br />

ainda auxilia na diminuição <strong>do</strong> risco de<br />

desenvolvimento da esclerose múltipla.<br />

É que os raios UV oferecem proteção ao<br />

alterar as respostas imunológicas das<br />

células ou ao aumentar os níveis de vitamina<br />

D no organismo.<br />

Lá vem o sol II<br />

Uma xícara de café pode ajudar a proteger<br />

a pele de <strong>do</strong>enças provocadas<br />

pelo sol. Cientistas americanos, em experimentos<br />

feitos com ratos de laboratório,<br />

constataram que a combinação de exercícios<br />

físicos com água e cafeína se revelou<br />

capaz de reduzir danos causa<strong>do</strong>s pela<br />

radiação ultravioleta. Segun<strong>do</strong> o estu<strong>do</strong>,<br />

publica<strong>do</strong> em the Proceedings of the<br />

National Academy of Sciences, a defesa<br />

natural <strong>do</strong>s ratos contra células<br />

pré-cancerosas foi estimulada em até<br />

400%. Espera-se resulta<strong>do</strong> semelhante<br />

em seres humanos.<br />

30 C o m u n i t à i t a l i a n a / ag o s t o 2007<br />

a g o s t o 2007 / Co m u n i t à i t a l i a n a 31<br />

Mojan Sami

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