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1. INTRODUÇÃO<br />
A industrialização da avicultura nos últimos 30 anos, tornou a carne<br />
de frango disponível a grandes grupos de consumidores. Comparativamente<br />
à carne suína e bovina, a carne de frango, entre produção e consumo,<br />
evoluiu a taxas substancialmente maiores que o crescimento vegetativo da<br />
população mundial (135,30%) (BUTOLO, 2002).<br />
A avicultura possui os mais destacados índices de produtividade entre<br />
os diversos ramos da pecuária. Sob as novas circunstâncias, nas quais as<br />
barreiras sanitárias são utilizadas com freqüência cada vez maior, aumenta-<br />
se a preocupação com a sanidade dos plantéis, seja nas granjas, nos<br />
incubatórios ou nos abatedouros (SALLE & SILVA, 2000).<br />
A crescente demanda pelo produto avícola está relacionada à<br />
imagem de saúde veiculada pela propaganda e ao preço menor, quando<br />
comparado com outras carnes; este último item facilitado pelo menor ciclo<br />
de produção dos frangos (FRANCHINI, 2001).<br />
Nos abatedouros frigoríficos observa-se que a caquexia gera grandes<br />
perdas econômicas (MELLO, 2002; PALMEIRA-BORGES et al., 2003). A<br />
palavra caquexia vem do grego "kakos" - pobre, pouco e "hekis" - condição<br />
ou estado (HOWARD & SENIOR, 1999).<br />
A caquexia é primordialmente caracterizada por perda involuntária de<br />
massa muscular e de tecido adiposo (HOWARD & SENIOR, 1999), não<br />
pode ser totalmente explicada pela baixa ingestão de nutrientes e<br />
normalmente é acompanhada por anemia e imunodepressão (BLAKESLEE<br />
et al., 1978).<br />
Esta síndrome é caracterizada como o resultado de uma falha no<br />
metabolismo protéico e tal falha reflete principalmente na degradação das<br />
proteínas miofibrilares: actina e miosina (HASSELGREN & FISCHER, 2001).<br />
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