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Todas as diferentes alterações evidenciadas no coração e pericárdio<br />
interferem no funcionamento da bomba cardíaca em menor ou maior grau<br />
porque mesmo nas condições onde não se percebia comprometimento<br />
macroscópico do miocárdio era possível a observação microscópica de<br />
infiltrados inflamatórios. Microscopicamente as lesões mais severas se<br />
caracterizaram por espessamento pericárdico com infiltração de células<br />
inflamatórias heterofílicas que invadiam a musculatura cardíaca. Em relação<br />
à etiologia deste tipo de lesão, sabe-se que a infecção não controlada por E.<br />
coli em quadros de aerossaculite pode significar a posterior invasão do<br />
pericárdio e do miocárdio com produção de pericardite fibrinosa (HUQ,<br />
2002).<br />
Um tipo não inflamatório de alteração cardíaca visualizado foi a<br />
dilatação das câmaras direitas, acompanhada de quantidades variadas de<br />
transudato no interior do saco pericárdio. Este tipo de lesão foi notado em<br />
12,37% das aves caquéticas examinadas. Animais portadores de quadros<br />
como estes exibiram grande presença de líquido ascítico na cavidade<br />
celomática. Segundo AENGWANICH & SIMARAKS (2004) estas alterações<br />
cardíacas são geralmente as primeiras a serem visualizadas em animais<br />
com síndrome ascítica. No estudo foram encontrados 15 animais com<br />
síndrome ascítica e destes, 12 possuíam dilatação do coração direito, isto<br />
demonstra que nem sempre o coração será o primeiro órgão afetado.<br />
Microscopicamente, descreve-se degeneração miofibrilar com hemorragia e<br />
vacuolização de fibras (AENGWANICH & SIMARAKS, 2004).<br />
6.2.5. Lesões intestinais<br />
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