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Foi possível detectar pelo teste do Qui-quadrado que houve<br />
associação (p< 0,001) entre a presença de lesão hepática e a presença de<br />
lesão cardíaca. Com 99,9% de confiabilidade pode se afirmar que quando<br />
há lesão no coração há mais chances do fígado estar comprometido. Isto se<br />
deve ao fato da ausência do diafragma nas aves proporcionar a sintopia<br />
entre coração e fígado. A proximidade destes dois órgãos favorece a<br />
inflamação por continuidade onde quer que tenha sido a inflamação inicial,<br />
que em virtude das porcentagens verificadas por este estudo parece ser de<br />
origem hepática. Os dados são apresentados na Tabela 4.<br />
Tabela 4: Associação entre a presença de lesão hepática e a presença de lesão<br />
cardíaca verificada em aves retiradas da linha de matança de<br />
abatedouro frigorífico localizado na região Centro-Oeste do Brasil por<br />
apresentarem caquexia.<br />
Lesão no<br />
coração<br />
Ausente<br />
Presente<br />
Lesão hepática<br />
Ausente Presente<br />
93%<br />
(n=239)<br />
7%<br />
(n=18)<br />
44,8%<br />
(n=64)<br />
55,2%<br />
(n=79)<br />
χ 2<br />
P-valor*<br />
116,4 < 0,001<br />
*p< que 0,001 representa a associação entre as duas variáveis. Foi aplicado<br />
o teste do Qui-Quadrado.<br />
A freqüência do comprometimento hepático nos animais analisados,<br />
demonstra que o seu envolvimento é muito importante em estados de<br />
caquexia em aves. Os diferentes padrões macro e microscópicos de lesões<br />
sugerem que as causas de agressão hepática sejam variadas. Independente<br />
de qual seja a lesão no fígado ela afetará a síntese protéica. KOTLER<br />
(2000) explica que em indivíduos com caquexia há uma tendência ao<br />
aumento da síntese hepática de proteínas relacionadas à fase aguda da<br />
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