josé tadeu tavernard lima o planejamento estratégico ... - TST

3. a análise situacional obriga a diferenciar as explicações. Cada ator
avalia o jogo social de modo particular e atua segundo sua própria
interpretação da realidade;
4. a jogada mais eficaz que um ator pode fazer não depende só dele;
depende também do que o adversário faça. Se se ignora a
explicação do outro ou lhe é atribuída a do ator, será impossível jogar
bem e ser um bom estrategista. Esta é a essência do cálculo
interativo, próprio do planejamento estratégico. O diagnóstico, por
sua falta de rigor e por reduzir-se a uma explicação única, não pode
alimentar-se do cálculo interativo;
5. a categoria “situação” permite compreender a assimetria das
explicações em um jogo, conceito teórico da maior importância na
análise estratégica. Explicações diferentes sobre uma mesma
realidade não são apenas respostas diferentes a perguntas iguais:
são respostas diferentes a perguntas diferentes.
O PES identifica-se com a realidade e gira em torno de problemas. Ele e
outros métodos que trabalham por problemas, desenvolveram uma teoria para
entender os problemas e estabeleceram uma ampla taxionomia de problemas.
Adicionando, num só arquivo, os problemas selecionados por todos os
atores sociais, com a identificação dos seus valores, obtém-se um conjunto de
temas problemáticos tomados como objeto de debate e valoração pelas
distintas forças sociais. A relação entre os atores sociais, o arquivo de
problemas valorados e os valores que cada ator atribui a cada problema pode
ser sistematizada numa matriz atores-problema valorados. Cada célula da
matriz indica o valor que cada ator social atribui a cada problema em seu
espaço direcional. Esse valor não é constante; é um produto situacional e,
portanto, altera-se com o movimento situacional e com o papel que os atores
sociais desempenham na nova situação. Cada célula deve ser objeto de
explicação situacional, a fim de elaborarem-se estratégias e táticas para
promover ou dificultar o enfrentamento dos problemas.
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