josé tadeu tavernard lima o planejamento estratégico ... - TST
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descentralizar as responsabilidades de direção e administração por objetivos<br />
ou módulos de ação. A cúpula administrativa só poderá fazer coincidir suas<br />
ações cotidianas com os objetivos de seus planos, se os módulos do plano<br />
articularem-se, correspondendo a uma atividade gerencial organizada em todos<br />
os níveis, a fim de os executar com criatividade e imaginação. Nenhuma das<br />
partes do plano podem operar substantivamente sem um sistema de gerência<br />
por operações. Sem ele, as operações do plano estratégico não têm atores<br />
responsáveis e efetivos e os programas do orçamento se transformam em<br />
meras fachadas, dissimulando a prática tradicional e sem estabelecer critérios<br />
internos e externos de produtividade e eficácia na gestão pública.<br />
A gerência por operações coloca mais ênfase nas práticas de produção<br />
e dá menos valor às grandes reformas gerais e seu sistema exige a avaliação<br />
permanente da situação na conjuntura e supõe que se compare<br />
constantemente a situação planejada com a situação real.<br />
Segundo Matus, em Los Tres Cinturones del Gobierno: Gestion,<br />
Organización y Reforma, o sistema macroorganizativo do setor público é de<br />
baixa responsabilidade, pois não há cobrança quanto ao desempenho no<br />
cumprimento dos compromissos, quanto aos resultados alcançados e às<br />
ausências de planos.<br />
Assim, o governo se satisfaz somente com o controle de cargos<br />
públicos, apoio político. O povo, por outro lado, não tem meios de cobrança.<br />
Nesse contexto, pode-se dizer que o <strong>planejamento</strong> público precisa ser<br />
reorganizado, superando o economicismo, incorporando o cálculo político,<br />
dispondo de um sistema de direção estratégica.<br />
Antes de tudo, para que o <strong>planejamento</strong> estratégico público seja um<br />
poderoso instrumento, o governo deve se conscientizar da sua necessidade.<br />
Tal consciência tem que ser disseminada entre os dirigentes, técnicos, partidos<br />
políticos, parlamentares e universidades, pois a ignorância dela é a causa do<br />
atraso político-institucional.<br />
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