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— Confiar em você...? — Sentou-se à sua escrivaninha e olhou para o oficial.<br />

— Não vamos atirar em ninguém. Diga a seus homens para capturá-los vivos.<br />

O oficial balançou a cabeça e saiu do gabinete. Sanchez disse:<br />

— Obrigado, você fez a escolha certa.<br />

— Não matar, sim — disse Sebastian. — Mas não vou mudar meu modo de<br />

pensar. Esse Manuscrito é uma praga. Iria solapar nossa estrutura básica de autoridade<br />

espiritual. Iria atrair as pessoas a achar que estão no controle de seu destino espiritual.<br />

Iria solapar a disciplina necessária para trazer todos neste planeta para o seio da<br />

Igreja, e as pessoas ficariam presas desejando o momento da vinda do arrebatamento.<br />

Olhou duro para Sanchez.<br />

— Neste momento, milhares de soldados estão chegando. Não importa o que<br />

você ou qualquer outra pessoa faça. A Nona Visão jamais sairá do Peru. Agora volte<br />

para sua missão.<br />

Ao sairmos correndo, ouvimos dezenas de caminhões aproximando-se ao longe.<br />

— Por que ele nos deixou partir? — perguntei.<br />

— Suponho que acha que não faz diferença — respondeu Sanchez.—Não<br />

podemos fazer nada. Eu realmente não sei o que pensar.<br />

Seus olhos encontraram os meus.<br />

— Não o convencemos, você sabe.<br />

Eu também estava confuso. Que queria dizer aquilo? Talvez não estivéssemos lá<br />

para convencer Sebastian, afinal. Talvez tivéssemos apenas de retardá-lo.<br />

Olhei de volta para Sanchez. Ele se concentrava na direção e examinava o<br />

acostamento, em busca de algum sinal de Wil e Júlia. Tínhamos decidido voltar pelo<br />

lado em que eles corriam, mas até ali não tínhamos visto nada. Enquanto rodávamos,<br />

minha mente vagava para as ruínas Celestinas. Imaginava como seria o local: as<br />

escavações enfileiradas, as barracas dos cientistas, as imponentes estruturas<br />

piramidais no segundo plano.<br />

— Eles não parecem estar nessa mata — disse Sanchez. — Devem ter um<br />

veículo. Precisamos decidir o que fazer.<br />

— Acho que devemos ir para as ruínas — eu disse. Ele me olhou.<br />

— Isso mesmo. Não há outro lugar para ir. Virou para oeste.<br />

— Que sabe sobre essas ruínas? — perguntei.<br />

— Foram construídas por duas culturas diferentes, como disse Júlia. A primeira,<br />

os maias, tinha lá uma civilização próspera, embora a maioria de seus templos ficasse<br />

mais ao norte, no Yucatã. Misteriosamente, todos os vestígios da civilização deles<br />

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