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andaram fazendo?<br />

Phil.<br />

— Ele acaba de aprender a ver os campos entre os próprios dedos — respondeu<br />

Sarah olhou para mim.<br />

— No ano passado, eu e Phil estivemos aqui neste mesmo lugar para aprender a<br />

mesma coisa. — Olhou para Phil. — Vamos colar nossas costas. Talvez ele veja a<br />

energia entre nós.<br />

Ficaram costas com costas na minha frente. Sugeri que se aproximassem mais e<br />

eles chegaram mais perto de mim até que o espaço entre nós era de mais ou menos um<br />

metro. Estavam silhuetados contra o céu, ainda azul-escuro daquele lado. Para minha<br />

surpresa, o espaço entre eles parecia mais claro. Era amarelo, ou um rosa amarelado.<br />

— Ele está vendo — disse Phil, lendo minha expressão.<br />

Sarah virou-se, pegou-o pelo braço e afastaram-se lentamente de mim, até seus<br />

corpos ficarem a uns três metros talvez. Circundando a parte de cima de seus troncos<br />

havia um campo de energia rosa-esbranquiçado.<br />

— Tudo bem — disse Sarah, séria. Aproximara-se de mim e agachou-se a meu<br />

lado. — Agora olhe a paisagem aqui, a beleza.<br />

Fiquei imediatamente embasbacado com os contornos e formas à minha volta.<br />

Parecia que eu podia focalizar cada um dos carvalhos maciços de uma maneira total,<br />

não apenas uma parte, mas todo ele de uma só vez. Impressionaram-me logo a forma<br />

e a configuração singulares de cada um dos galhos que cada um exibia. Olhei um a<br />

um, virando-me em toda a volta. Fazer isso intensificava de algum modo a sensação<br />

de presença que cada carvalho exsudava para mim, como se os visse pela primeira<br />

vez, ou pelo menos os apreciasse plenamente pela primeira vez.<br />

De repente, a folhagem tropical embaixo das árvores me chamou a atenção; vi<br />

de novo a forma única que cada planta exibia. Também notei o modo como cada tipo<br />

de planta crescia junto às outras de sua própria espécie no que me pareceram<br />

pequenas comunidades. Por exemplo, as altas plantas tipo bananeira eram muitas<br />

vezes envolvidas por pequenos filodendros, que por sua vez se postavam entre plantas<br />

tipo samambaia ainda menores. Quando vi esses miniambientes, fiquei mais uma vez<br />

impressionado com a singularidade de contorno e presença delas.<br />

A menos de três metros, uma folhagem particular atraiu meu olhar. Eu muitas<br />

vezes tivera exatamente aquele tipo com uma planta doméstica, uma espécie<br />

particular de filodendro. Verde-escuro, sua folhagem esgalhava-se até cerca de um<br />

metro de diâmetro. A forma daquela planta parecia perfeitamente saudável e vibrante.<br />

— Ééé, se concentre nessa, mas sem forçar — disse Sarah.<br />

Quando o fiz, joguei com o foco dos meus olhos. A certa altura tentei focalizar<br />

o espaço a uns 15 centímetros de cada parte física da planta. Aos poucos, comecei a<br />

captar vislumbres de luz, e então, com um único ajuste de foco, pude ver uma bolha<br />

de luz branca circundando a planta.<br />

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