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Ao saltarmos do veículo, Wil demorou-se um instante fitando longamente a<br />

paisagem. Além da casa, ao leste, a terra descia aos poucos e depois aplainava-se em<br />

prados e florestas. Outra cadeia de contrafortes aparecia ao longe, roxo-azulada.<br />

— Acho que vou ver se eles têm quartos para nós — disse Wil. — Por que você<br />

não fica dando uma olhada por aí? Vai gostar deste lugar.<br />

— Não brinca! — eu disse.<br />

Quando se afastava, ele se virou e olhou para mim.<br />

— Não se esqueça de inspecionar os canteiros de pesquisa. Vejo você na hora<br />

do jantar.<br />

Era óbvio que me deixava sozinho por algum motivo, mas não me preocupava<br />

qual. Eu me sentia ótimo e nem um pouco apreensivo. Ele já me havia dito que,<br />

devido ao substancial dólar turístico que Viciente trazia ao país, o governo sempre<br />

adotara uma atitude de vista grossa em relação ao lugar, embora o Manuscrito fosse<br />

muitas vezes discutido ali.<br />

Fui atraído por várias árvores frondosas e uma sinuosa trilha para o sul, e por<br />

isso segui naquela direção. Assim que alcancei as árvores, observei que a trilha<br />

passava por um portãozinho de ferro e descia diversos lances de escada de pedra,<br />

dando num prado cheio de flores silvestres. Ao longe via-se uma espécie de pomar,<br />

um regato e mais terra coberta de mata. No portão eu parei e inspirei fundo várias<br />

vezes, admirando a beleza embaixo.<br />

— É lindo mesmo, não é? — perguntou uma voz atrás. Virei-me depressa. Uma<br />

mulher beirando os quarenta, com uma mochila de carona, estava parada atrás de<br />

mim.<br />

— Sem dúvida que é — eu disse. — Eu nunca tinha visto nada exatamente<br />

como isto.<br />

Durante algum tempo ficamos contemplando os campos abertos e as plantas<br />

tropicais em cascata nos canteiros terraceados a cada lado de nós, e então eu<br />

perguntei:<br />

— Por acaso sabe onde ficam os canteiros de pesquisa?<br />

— Claro — ela disse. — Estou indo para lá agora. Eu lhe mostro.<br />

Depois de apresentar-nos, descemos a escada e tomamos a trilha batida que<br />

seguia para o sul. Ela se chamava Sarah Lorner e tinha cabelos louros mechados e<br />

olhos azuis, e podia-se descrevê-la como jovem, não fosse pela atitude séria.<br />

Andamos vários minutos em silêncio.<br />

— É sua primeira visita aqui? — ela perguntou.<br />

— Sim, é — respondi. — Não sei muita coisa sobre o lugar.<br />

— Bem, estou entrando e saindo aqui há quase um ano, por isso acho que posso<br />

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