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Sacha Baron Cohen - Fonoteca Municipal de Lisboa

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Brandford Marsalis continua a tentar ser uma<br />

pessoa melhor<br />

O pai dizia-lhe que tocar é como ser uma pessoa melhor: é difícil mas tenta-se<br />

até ao fim. É um incansável explorador. Nome ilustre do jazz, tem dificulda<strong>de</strong> em resistir a<br />

outros apelos. Tanto po<strong>de</strong>mos encontrá-lo num álbum <strong>de</strong> Sting como a tocar Debussy<br />

e Stravinsky. Nos dias 16 e 17 o saxofonista apresenta o programa “Marsalis Brasilianos” com<br />

a Orquestra Metropolitana <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>. Cristina Fernan<strong>de</strong>s<br />

Música<br />

Brandford Marsalis nunca se contentou<br />

com um caminho musical único.<br />

O seu lema é manter “os ouvidos alerta”<br />

e uma disponibilida<strong>de</strong> permanente<br />

para explorar novos estilos. Membro<br />

<strong>de</strong> uma ilustre família <strong>de</strong> músicos<br />

<strong>de</strong> jazz (é filho do pianista Ellis Marsalis<br />

e irmão do trompetista Wynton<br />

Marsalis), este saxofonista americano<br />

<strong>de</strong> espírito inquieto cresceu numa<br />

casa fervilhante <strong>de</strong> sons, ao mesmo<br />

tempo que absorvia as várias tradições<br />

musicais que se cruzavam nas<br />

ruas <strong>de</strong> Nova Orleães. Tocou com os<br />

Art Blakey’s Jazz Messengers e no<br />

quinteto do seu irmão Wynton<br />

antes <strong>de</strong> fundar o seu quarteto<br />

(cuja última gravação,<br />

“Metamorphosen”, foi objecto<br />

<strong>de</strong> recensão no último<br />

Ípsilon) mas sempre<br />

fez incursões noutros<br />

domínios. Colaborou<br />

com Sting em álbums<br />

como “Dream of the<br />

Blue Turtles” ou<br />

“The Soul Cages” e<br />

nos anos 90 criou<br />

o projecto Buckshot<br />

LeFonque,<br />

que combinava<br />

influências do<br />

jazz, Rhythm<br />

and Blues,<br />

hip-hop e pop<br />

rock. Com o<br />

início do novo<br />

milénio resolveu centrar-se também<br />

no repertório clássico, actuando<br />

como solista com várias orquestras<br />

americanas e europeias e gravando<br />

obras <strong>de</strong> Debussy, Stravinsky, Milhaud,<br />

Copland ou Vaughan Williams.<br />

Recentemente realizou uma importante<br />

digressão nos EUA com a Philarmonia<br />

Brasileira e o projecto “Marsalis<br />

Brasilianos”, que será agora retomado<br />

em Portugal com a Orquestra<br />

Metropolitana <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, sob a direcção<br />

<strong>de</strong> Cesário Costa. Nos dias 16 e 17,<br />

respectivamente no Centro Cultural<br />

<strong>de</strong> Belém, em <strong>Lisboa</strong>, e no Teatro <strong>de</strong><br />

Portimão, Marsalis toca obras <strong>de</strong><br />

Villa-Lobos (Fantasia para Saxofone<br />

e Bachianas Brasileiras nºs 5 e 9) e<br />

Darius Milhaud (“La Creation du<br />

Mon<strong>de</strong>” e “Scaramouche”) no âmbito<br />

<strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> forte influência<br />

brasileira.<br />

A sua experiência no campo<br />

do jazz influencia a foma como<br />

interpreta o repertório clássico?<br />

Experiências musicais diferentes implicam<br />

abordagens diferentes na interpretação.<br />

No repertório clássico<br />

não faz sentido tocar como um instrumentista<br />

<strong>de</strong> jazz. A música tem mesmo<br />

<strong>de</strong> soar clássica e esse tem sido<br />

para mim um dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios.<br />

Neste caso são também<br />

compositores especiais, já que<br />

foram influenciados pela música<br />

<strong>de</strong> tradição popular…<br />

Como o Brasil fica no Novo Mundo<br />

“No jazz os músicos<br />

po<strong>de</strong>m tocar muitas<br />

notas, mas po<strong>de</strong>m<br />

escolher quais<br />

as notas que querem<br />

tocar. Na clássica<br />

o compositor escreve<br />

e temos <strong>de</strong> ser fiéis<br />

à partitura. Não<br />

po<strong>de</strong>mos dizer: vou<br />

mudar estas notas<br />

ou estes acor<strong>de</strong>s para<br />

adaptar melhor<br />

a peça ao meu estilo”<br />

Ípsilon • Sexta-feira 10 Julho 2009 • 17

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