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a necessidade de incentivo para os bombeiros voluntários

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sobrevivência como grupo social organizado. Não se <strong>de</strong>ve confundir, portanto, competências das<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa civil com situações adversas menores, que diariamente atingem pessoas,<br />

individualmente, ou em grup<strong>os</strong> reduzid<strong>os</strong>. Embora p<strong>os</strong>sam ser graves e causarem, por vezes,<br />

comoção diante do vulto d<strong>os</strong> dan<strong>os</strong> causad<strong>os</strong>, esses inci<strong>de</strong>ntes são objet<strong>os</strong> <strong>de</strong> atuação típica d<strong>os</strong><br />

corp<strong>os</strong> <strong>de</strong> bombeir<strong>os</strong>, unida<strong>de</strong>s Samu 10 , serviç<strong>os</strong> <strong>de</strong> emergência particulares e outras organizações<br />

<strong>de</strong> segurança pública ou assistência social.<br />

No Brasil, <strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> registr<strong>os</strong> sobre essa ativida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> forma or<strong>de</strong>nada, remontam às<br />

observações realizadas pelo Serviço Anti-Aéreo Passivo, durante a 2ª Guerra Mundial (1939-<br />

1945), no litoral do Nor<strong>de</strong>ste, quando seus integrantes buscavam i<strong>de</strong>ntificar a aproximação <strong>de</strong><br />

aeronaves inimigas que pu<strong>de</strong>ssem provocar eventuais bombar<strong>de</strong>i<strong>os</strong> em n<strong>os</strong>so território.<br />

P<strong>os</strong>teriormente, a partir da década <strong>de</strong> 1970, foram dad<strong>os</strong> <strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> pass<strong>os</strong> efetiv<strong>os</strong> <strong>para</strong><br />

a constituição <strong>de</strong> um sistema nacional a<strong>de</strong>quado, sob a égi<strong>de</strong> do então Ministério do Interior, cuja<br />

Secretaria Especial <strong>de</strong> Defesa Civil muito contribui <strong>para</strong> essa finalida<strong>de</strong>. A partir <strong>de</strong> 1985, com a<br />

extinção do Ministério do Interior, a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa civil foi relegada a uma situação pouco<br />

importante e durante muit<strong>os</strong> an<strong>os</strong> migrou entre vári<strong>os</strong> ministéri<strong>os</strong>, ao sabor <strong>de</strong> interesses polític<strong>os</strong><br />

divers<strong>os</strong>.<br />

Essas atitu<strong>de</strong>s certamente causaram prejuíz<strong>os</strong> irrecuperáveis no tempo, vez que, em igual<br />

período, as condições <strong>para</strong> a ocorrência <strong>de</strong> <strong>de</strong>sastres no Brasil se multiplicaram diante da<br />

aceleração do processo <strong>de</strong> urbanização e agravamento das condições econômico-sociais da<br />

maioria <strong>de</strong> n<strong>os</strong>sa população.<br />

O texto constitucional em vigor, promulgado em 1988, por sua vez, ao explicitar como<br />

uma das competências d<strong>os</strong> corp<strong>os</strong> <strong>de</strong> bombeir<strong>os</strong> militares “ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa civil” induziu a<br />

maioria da população a pensar que somente a estes estavam cometidas tais atribuições. Nada mais<br />

falso e perig<strong>os</strong>o <strong>para</strong> as comunida<strong>de</strong>s do que tal entendimento!<br />

Consi<strong>de</strong>rando o anteriormente explicado no sentido <strong>de</strong> que as ações <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa civil visam<br />

à proteção coletiva <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado grupo social, estas necessitam da participação d<strong>os</strong> própri<strong>os</strong><br />

beneficiári<strong>os</strong> na busca <strong>de</strong> sua segurança e proteção, complementando as obrigações<br />

constitucionais do Estado.<br />

A <strong>de</strong>fesa civil não po<strong>de</strong> prescindir, assim, da participação <strong>de</strong> grup<strong>os</strong> organizad<strong>os</strong>,<br />

voluntári<strong>os</strong> ou não, <strong>de</strong> quaisquer comunida<strong>de</strong>s, que p<strong>os</strong>sam atuar <strong>de</strong> forma efetiva em todas as<br />

10 Serviço <strong>de</strong> Atendimento Móvel <strong>de</strong> Urgência, programa que tem como finalida<strong>de</strong> prestar o socorro à população em<br />

cas<strong>os</strong> <strong>de</strong> emergência, vinculado ao Ministério da Saú<strong>de</strong> e acionado pelo telefone 192.<br />

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