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a necessidade de incentivo para os bombeiros voluntários

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duplicassem o número <strong>de</strong> localida<strong>de</strong>s atendidas, teríam<strong>os</strong> em São Paulo cerca <strong>de</strong> 240 p<strong>os</strong>t<strong>os</strong> no<br />

interior e no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, somad<strong>os</strong> <strong>os</strong> voluntári<strong>os</strong>, atingiríam<strong>os</strong> algo em torno <strong>de</strong> 140<br />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atendimento. Com todo este gigantesco esforço governamental, ainda restariam 510<br />

cida<strong>de</strong>s em São Paulo e 358 no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul sem a presença efetiva <strong>de</strong> bombeir<strong>os</strong> capazes<br />

<strong>de</strong> prestar um atendimento <strong>de</strong>ntro do tempo-resp<strong>os</strong>ta a<strong>de</strong>quado.<br />

A contra-argumentação <strong>de</strong>ssa colocação po<strong>de</strong>ria afirmar que mesmo assim, com esses<br />

númer<strong>os</strong>, a maioria d<strong>os</strong> resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>sses Estad<strong>os</strong> estaria sendo atendida porque se concentra nas<br />

cida<strong>de</strong>s maiores, on<strong>de</strong> existem <strong>os</strong> serviç<strong>os</strong>. O raciocínio é perfeitamente correto! Só que, como<br />

vivem<strong>os</strong> em uma <strong>de</strong>mocracia, em pleno Estado <strong>de</strong> Direito, não existem cidadã<strong>os</strong> <strong>de</strong> segunda<br />

classe. Estejam on<strong>de</strong> estiverem, como contribuintes, tem direito a<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> prestad<strong>os</strong><br />

pelo Estado n<strong>os</strong> centr<strong>os</strong> mais importantes.<br />

6. Quais são as principais carências e dificulda<strong>de</strong>s do país em term<strong>os</strong> <strong>de</strong> atendimento à emergências? Como<br />

po<strong>de</strong>ria melhorar?<br />

O quadro geral do país em term<strong>os</strong> <strong>de</strong> prevenção e capacitação <strong>para</strong> resp<strong>os</strong>ta a <strong>de</strong>sastres é<br />

preocupante. Estam<strong>os</strong> pagando pela imprevidência e má gestão da coisa pública <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>os</strong> temp<strong>os</strong><br />

do Brasil colonial. Com o passar d<strong>os</strong> an<strong>os</strong> e sucessiv<strong>os</strong> <strong>de</strong>sinteresses polític<strong>os</strong>, a situação atingiu,<br />

agora, níveis insustentáveis <strong>de</strong> manutenção e que exigem alterações significativas n<strong>os</strong> mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong><br />

estruturais vigentes, sob pena <strong>de</strong> rompimento do próprio tecido social.<br />

Ainda que não seja uma tarefa fácil, certamente que po<strong>de</strong>rem<strong>os</strong> reverter essa situação se<br />

conseguirm<strong>os</strong> aliar competência gerencial, <strong>de</strong>sprendimento político e vonta<strong>de</strong> comunitária no<br />

rumo da resolução <strong>de</strong>sses problemas. São ingredientes que, <strong>de</strong>vidamente integrad<strong>os</strong>, po<strong>de</strong>m fazer<br />

frente às n<strong>os</strong>sas principais carências e dificulda<strong>de</strong>s, entre as quais po<strong>de</strong>m<strong>os</strong> <strong>de</strong>stacar: amplitu<strong>de</strong><br />

territorial, falta <strong>de</strong> cultura <strong>de</strong> prevenção e incapacida<strong>de</strong> d<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong> em cumprir, <strong>de</strong> forma<br />

satisfatória, suas obrigações constitucionais, conforme preconizado na Carta Magna.<br />

Por outro lado, a prática tem <strong>de</strong>monstrado que nenhuma solução efetiva na área <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa<br />

civil ou atendimento à emergências diárias terá eficácia real se não for calcada na capacida<strong>de</strong> local<br />

<strong>de</strong> reação e atuação diante <strong>de</strong> event<strong>os</strong> <strong>de</strong>sastr<strong>os</strong><strong>os</strong>. O mo<strong>de</strong>lo estrutural brasileiro em vigor,<br />

contrário ao <strong>de</strong> todas as nações, inclusive as men<strong>os</strong> <strong>de</strong>senvolvidas do que nós, precisa ser<br />

repensado com atenção. Ao estabelecer organizações <strong>de</strong> segurança pública e <strong>de</strong> serviç<strong>os</strong> essenciais<br />

em níveis estaduais, este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>ixa <strong>os</strong> prefeit<strong>os</strong>, verda<strong>de</strong>ir<strong>os</strong> interessad<strong>os</strong> nas condições <strong>de</strong><br />

vida <strong>de</strong> seus munícipes, em p<strong>os</strong>ição <strong>de</strong> mer<strong>os</strong> espectadores e pedintes <strong>de</strong>sesperad<strong>os</strong> por recurs<strong>os</strong><br />

quando uma catástrofe atinge suas cida<strong>de</strong>s<br />

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