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universidade feevale raquel oliveira de leão as blogueiras de moda ...

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conseqüente m<strong>as</strong>sificação <strong>de</strong> consumo. Na etapa final, uma tendência <strong>de</strong><br />

<strong>moda</strong> que po<strong>de</strong> ter surgido como manifesto social <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado<br />

grupo, per<strong>de</strong> a característica <strong>de</strong> discurso contestador, tornando-se apen<strong>as</strong>,<br />

efêmero padrão <strong>de</strong> vestir.<br />

A tendência <strong>de</strong> <strong>moda</strong> se torna existente através <strong>de</strong> processos miméticos, ou<br />

seja, da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um indivíduo <strong>de</strong> se <strong>as</strong>semelhar a outro por meio da<br />

imitação, mesmo que inconscientemente (ERNER, 2005). Lipovetsky (1987)<br />

complementa, afirmando que nos di<strong>as</strong> <strong>de</strong> hoje não se copia mais os superiores, m<strong>as</strong><br />

sim o que se vê em torno <strong>de</strong> si, e que se veste <strong>moda</strong> para mudar, ser mo<strong>de</strong>rno e<br />

exprimir individualida<strong>de</strong>. Para a indústria, o sistema <strong>de</strong> tendênci<strong>as</strong> <strong>de</strong> <strong>moda</strong><br />

representa o sucesso, pois obriga os indivíduos que querem estar na <strong>moda</strong>, a<br />

adquirir novos produtos em períodos <strong>de</strong> tempo curtos (ERNER, 2005).<br />

Conforme Hollan<strong>de</strong>r (1996, apud MESQUITA, 2006), com <strong>as</strong> divers<strong>as</strong> fontes<br />

<strong>de</strong> inspiração disponíveis aos criadores e com o surgimento <strong>de</strong> inúmeros estilos<br />

diferentes, que representam a <strong>moda</strong> em divers<strong>as</strong> manifestações, <strong>as</strong> tendênci<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>moda</strong> já não possuem a mesma força. Porém, po<strong>de</strong>-se afirmar que quando<br />

elementos aparecem com freqüência em criações <strong>de</strong> diferentes estilist<strong>as</strong>, seguindo<br />

para um mesmo caminho, este ten<strong>de</strong> a tornar-se <strong>moda</strong> e ser aceito pelo mercado<br />

(TREPTOW, 2005).<br />

Tendência, em um sentido mais aprofundado e não tão momentâneo, como<br />

explica Erner (2005), po<strong>de</strong> configurar o que é conhecido como uma macrotendência.<br />

De acordo com Silva (2009), <strong>as</strong> macrotendênci<strong>as</strong> são entendid<strong>as</strong> como “[...]<br />

tendênci<strong>as</strong> do contexto sociocultural, político e econômico global”, ou seja,<br />

tendênci<strong>as</strong> comportamentais, e que são apontad<strong>as</strong> pelos Bureaux <strong>de</strong> Style, conceito<br />

que veremos adiante.<br />

M<strong>as</strong> quem <strong>de</strong>fine est<strong>as</strong> tendênci<strong>as</strong> <strong>de</strong> <strong>moda</strong> na sua origem? Como el<strong>as</strong><br />

surgem e como são adotad<strong>as</strong> pela socieda<strong>de</strong>? Est<strong>as</strong> questões serão abordad<strong>as</strong> a<br />

seguir, no <strong>de</strong>correr do capítulo, enfocando como est<strong>as</strong> tendênci<strong>as</strong> são pesquisad<strong>as</strong><br />

pel<strong>as</strong> empres<strong>as</strong>, observad<strong>as</strong> pelos profissionais e adotad<strong>as</strong> pela socieda<strong>de</strong>, sendo<br />

<strong>as</strong>sim dividid<strong>as</strong> em teori<strong>as</strong> <strong>de</strong> difusão.

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