23.06.2015 Views

continu - Fiesc

continu - Fiesc

continu - Fiesc

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

2. Cenário Internacional<br />

Uma década de mudanças<br />

Desde o início do século 21 o mundo viveu uma notável expansão do comércio internacional. Entre 2001 e 2011 o volume<br />

de exportações globais triplicou, saindo da casa dos US$ 6 trilhões para US$ 18 trilhões. Números semelhantes ilustram<br />

a evolução das importações mundiais. O crescimento do comércio foi superior ao crescimento do Produto Interno Bruto<br />

global no período, quando este praticamente dobrou, chegando a US$ 70 trilhões em 2011.<br />

Nesse contexto de “boom” comercial, os países em desenvolvimento, liderados pelos chamados BRICs (Brasil, Rússia, Índia<br />

e China), ganharam peso econômico global ao longo do período, provocando mudanças nos padrões do comércio internacional.<br />

Entre 1995 e 2010, a participação do conjunto dos países emergentes no volume do comércio mundial aumentou<br />

de 28,5% para 41,2%. No caso específico dos BRICs, o Brasil se firmou como um importante fornecedor mundial de<br />

alimentos, a Rússia de fontes de energia, a Índia de bens intensivos em mão de obra e a China de bens de alta tecnologia.<br />

Importando e exportando mais, o grupo de países elevou sua riqueza absoluta e relativa. Em 2010, os BRICs eram responsáveis<br />

por 16% da riqueza gerada no mundo, contra uma participação no PIB global de 8% na década anterior. Nesse ritmo,<br />

entre 2002 e 2011, a China passou de quinto maior exportador mundial de mercadorias para a primeira posição, deixando<br />

para trás os Estados Unidos. No caso das importações, a China galgou da sexta para a segunda posição, passando a deter<br />

quase 10% das importações globais. A Rússia passou da 17ª para a 9ª posição entre os exportadores no período, enquanto<br />

a Índia evoluiu da 31ª posição para a 19ª. Já o Brasil terminou 2011 como o 22° maior exportador mundial.<br />

Foi o bloco dos chamados países em desenvolvimento que garantiu a atenuação da crise econômica global iniciada em<br />

2008. Tais países mostraram-se mais resistentes à crise e dão sinais de que sua importância no comércio mundial tende a<br />

aumentar. Em 2011, lideraram a recuperação da demanda externa, contribuindo com metade do crescimento da importação<br />

mundial, em comparação com 43% em média nos três anos anteriores à crise.<br />

A fraqueza acentuada da demanda de importações dos países desenvolvidos na sequência do colapso em 2008-2009 surge<br />

de um declínio de uma década de sua predominância no comércio internacional. Entre 1995 e 2010, a sua quota de<br />

valor no comércio mundial de mercadorias declinou de 69% para 55%, enquanto que a dos países em desenvolvimento<br />

aumentou de 29% para 41%.<br />

8 SISTEMA FIESC

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!