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ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Conclusões<br />
Ainda que as exportações catarinenses sejam lideradas por bens manufaturados, sua participação no total das exportações<br />
tem decrescido ano após ano (de 62% em 2001 para 52% em 2011). Ao mesmo tempo, tem aumentado a participação de<br />
bens básicos, que cresceu de 33% em 2001 para 46% em 2011. Essa situação, na verdade, reflete o cenário do comércio<br />
mundial, que tem apresentado melhor desempenho na demanda por produtos primários.<br />
Adicionalmente, verificou-se que dos principais produtos exportados por Santa Catarina, somente uma pequena parte<br />
tem apresentado maior dinamismo no comércio mundial, o que reforça a ideia de que novos nichos de mercado devem<br />
ser explorados por empresas catarinenses. O cenário atual indica que há necessidade de maior diversificação na pauta exportadora<br />
do estado, com mais empresas investindo na produção e venda de produtos que apresentam maior dinamismo<br />
no comércio mundial.<br />
Exportações catarinenses – quadro-síntese<br />
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Pela pesquisa, conclui-se que o desenvolvimento de produtos para a exportação é relegado a segundo plano pela maioria<br />
das empresas, priorizando-se o desenvolvimento de produtos destinados ao mercado interno, e adaptando esses produtos<br />
posteriormente para serem ofertados em seu portfolio de exportação.<br />
Para internacionalizarem-se as empresas precisam adotar estratégias adequadas, como atitude competitiva, concentração<br />
geográfica, mecanismos de gestão e de coordenação de atividades, desenvolvimento interno de competências dinâmicas,<br />
absorção e integração de conhecimento, relação com outras empresas (concorrentes, clientes, fornecedores) e capacidade<br />
de adaptação e articulação das diferentes condições locais – especificidades culturais, econômicas, regulamentares e<br />
linguísticas dos países ou regiões.<br />
Para que as empresas sejam competitivas, a importância do estabelecimento de estratégias é indiscutível, principalmente<br />
quando se refere ao mercado externo, pois são boas estratégias que farão frente às oportunidades e ameaças impostas<br />
pelo ambiente externo, na busca de vantagens competitivas ou de um melhor posicionamento.<br />
A este respeito, as estratégias mais adotadas pelas empresas pesquisadas pela FIESC incluem a oferta de novos produtos<br />
(com maior diferencial competitivo ou agregação de valor), a promoção comercial em feiras internacionais e o desenvolvimento<br />
de novos nichos de mercado e/ou novos canais de comercialização. Paralelamente, estas empresas também vêm<br />
buscando a redução de custos e o melhoramento de processos, com programas de qualidade total, obtenção de certificações<br />
e investimentos em inovação, pesquisa e desenvolvimento, tecnologia e design.<br />
Não obstante, há estratégias que grande parte das empresas pesquisadas não adota, mas que acredita que se adotasse<br />
poderia ter um melhor posicionamento internacional. Envolvem principalmente a adoção de planos/modelos de internacionalização,<br />
estratégias dinâmicas de marketing e marca, o desenvolvimento de gestão e comercialização internacionais,<br />
a estruturação da rede de distribuição em países-chave e a segmentação da produção para exportação, dentre outras.<br />
Santa Catarina já exporta para um grande número de países e, o que é ainda mais importante, a concentração das exportações<br />
em um número limitado de países vem decrescendo ao longo dos anos. Enquanto em 2001 os 10 principais mercados<br />
importadores respondiam por mais de 67% das exportações, em 2011 essa participação foi reduzida para 55%. O quadro a<br />
seguir aponta algumas particularidades a respeito dos mercados importadores de Santa Catarina:<br />
82 SISTEMA FIESC