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ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

3. Santa Catarina<br />

Um novo perfil comercial<br />

A história econômica recente de Santa Catarina está vinculada a uma forte participação de sua indústria no comércio internacional<br />

por meio de exportações. Desde os seus primórdios, a indústria catarinense teve que buscar clientes longe de<br />

suas bases, por estar localizada em mercados relativamente pequenos. Com o passar dos anos e o amadurecimento da<br />

indústria, essa vocação se materializou novamente nos anos 1980, o período que ficou conhecido como década perdida<br />

brasileira. Na década anterior, durante os anos do “Milagre Brasileiro”, de alto crescimento econômico, a indústria catarinense<br />

ganhou diversificação e robustez. Com a crise que se seguiu nos anos 80, encontrou o caminho do mercado externo<br />

com grande sucesso.<br />

As exportações foram ampliadas e diversificadas, e Santa Catarina conquistou espaço relevante nos mercados de alimentos,<br />

máquinas e equipamentos elétricos, móveis, papel e celulose, cerâmicas de revestimento e os tradicionais artigos têxteis<br />

e de vestuário, que já compunham a pauta. Nos anos 70, o estado respondia por 2% das exportações nacionais. No início<br />

da década de 90, essa participação havia subido para 6%. Novos produtos foram agregados à pauta de exportações, como<br />

eletrodomésticos, equipamentos odontológicos e autopeças. Em vários itens, como roupas de toucador, móveis de madeira,<br />

motores elétricos e revestimentos cerâmicos, o estado posicionou-se como maior exportador do Brasil.<br />

No caso dos frangos, principal item da pauta catarinense de exportações, o estado é responsável por cerca de 14% de todas<br />

as vendas externas desse produto no mundo. Nesse segmento, a indústria consolidou mais de dois mil cortes diferentes<br />

de carne, o que exigiu o desenvolvimento de complexos maquinários e sofisticados sistemas de informação e logística,<br />

tornando-se a principal referência mundial no setor. Casos semelhantes ocorreram em vários segmentos e o estado construiu,<br />

ao longo dos anos, uma sólida reputação no comércio internacional. No decorrer dos anos 90 e início do século 21,<br />

Santa Catarina firmou-se como o quinto maior exportador nacional no ranking dos estados.<br />

Nos últimos anos, entretanto, alterações significativas na balança comercial catarinense vêm ocorrendo. Santa Catarina<br />

conseguiu manter um saldo superavitário, e sempre crescente, de 2001 a 2005. De 2006 a 2008 o saldo <strong>continu</strong>ou a ser positivo,<br />

mas em declínio. A partir de 2009, a balança comercial catarinense passou a ser deficitária, com um saldo negativo<br />

crescente, começando com US$ 860 mil em 2009 e finalizando 2011 com um déficit na ordem de US$ 5,8 bilhões, como<br />

demonstram a tabela e o gráfico a seguir.<br />

32 SISTEMA FIESC

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