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Mar-Abr - Sociedade Brasileira de Oftalmologia

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80Buhler C, Almodin J, Almodin F, Cvintal TINTRODUÇÃOAtrabeculectomia (TREC) é uma das modalida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> cirurgias filtrantes mais usadas nocontrole da pressão intraocular (PIO). Ela consisteem criar uma comunicação entre a câmara anterior(CA) do olho com o espaço subconjuntival, permitindoo escoamento do humor aquoso (HA) e diminuindo aPIO. Existem alguns tipos <strong>de</strong> anestesia para realização<strong>de</strong>ssa técnica cirúrgica, sendo elas a anestesia geral, alocal (peribulbar, retrobulbar e subtenoniana) e a tópica.Todas as técnicas anestésicas visam à realização <strong>de</strong>uma cirurgia com serenida<strong>de</strong>, proporcionando aanalgesia do paciente, o conforto, sangramento mínimoe prevenção da hipertensão ocular (HO). (1)A anestesia geral tem sido indicada em casos <strong>de</strong>cirurgias em crianças, pacientes com <strong>de</strong>ficiência mental,emocionalmente instáveis ou olhos com alguma alteraçãoanatômica, como alta miopia e bulftalmos. (2) Com amelhora das drogas utilizadas na indução e manutençãoda anestesia geral a variação da PIO po<strong>de</strong> ser mais bemcontrolada. (3-6) A técnica peribulbar comprovadamentecausa variação da PIO pelo aumento do volumeintraorbitário causado pela injeção o anestésico. (7-9)O objetivo <strong>de</strong>sse estudo é avaliar os resultados dasTRECs realizadas com anestesia geral e com bloqueioperibulbar, visando <strong>de</strong>finir <strong>de</strong> forma indireta a influência<strong>de</strong>ssas técnicas anestésicas no sucesso <strong>de</strong>ssa cirurgia.MÉTODOSForam selecionados e avaliados os prontuários <strong>de</strong>pacientes com glaucoma não controlado clinicamente commedicação tópica ocular que foram submetidos à TRECcom pelo menos um ano <strong>de</strong> pós-operatório <strong>de</strong> um serviço<strong>de</strong> referência na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (Centro <strong>de</strong> <strong>Oftalmologia</strong>Ta<strong>de</strong>u Cvintal). Foram incluídos pacientes comdiagnóstico <strong>de</strong> glaucoma <strong>de</strong> ângulo aberto (GPAA), jásubmetidos à facectomia e que não apresentassem algumacomorbida<strong>de</strong> ocular que afetasse AV. Foram excluídosos pacientes que apresentassem glaucomaneovascular, afácicos, glaucoma uveítico, glaucoma congênito,pacientes que apresentassem doenças retinianasque pu<strong>de</strong>ssem influenciar na AV como <strong>de</strong>generaçãomacular relacionada à ida<strong>de</strong> e retinopatia diabética, pacientesque apresentassem qualquer grau <strong>de</strong> opacida<strong>de</strong>cristaliniana ou que tinham cristalino transparente e quepu<strong>de</strong>ssem evoluir com algum grau <strong>de</strong> catarata.Os prontuários foram revisados e anotados os dados<strong>de</strong>mográficos: ida<strong>de</strong>, sexo, raça, olho operado. A AV,a PIO e o número <strong>de</strong> medicações antiglaucomatosas foramverificados com sete, trinta, seis meses, e um ano <strong>de</strong>pós-operatório. A AV foi medida em escala Snellen etransformada para escala LogMAR.Consi<strong>de</strong>ramos comosucesso cirúrgico pacientes que mantiveram com PIO 0,05 em todas as comparações), conforme indica tabela 1.Quanto ao fator AV não foi observado efeito estatisticamentesignificante da interação entre o fator acimanos dois grupos (p = 0,148), indicando que os gruposapresentaram comportamento semelhante ao longo dotempo <strong>de</strong> seguimento.Foi encontrado efeito estatisticamentesignificante do fator AV durante o seguimento nos doisgrupos (p = 0,001), com as seguintes diferenças:- A média <strong>de</strong> AV na avaliação pré foisignificantemente maior do que as médias das avaliações<strong>de</strong> 7d PO (p < 0,001) e 1m PO (p = 0,012);- A média <strong>de</strong> AV na avaliação <strong>de</strong> 7d PO foiRev Bras Oftalmol. 2012; 71 (2): 79-83

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