actividade, mas também pode ser classificada como uma <strong>em</strong>oção de resultado, se falhar natarefa de actividade (Pekrun, 2009).As <strong>em</strong>oções pod<strong>em</strong>, também, ser classificadas de acordo com o seu objecto foco, naqual se pode fazer uma diferenciação nas <strong>em</strong>oções de realização, entre as <strong>em</strong>oções deactividade e as <strong>em</strong>oções de resultado, relacionadas com os resultados dessa actividade(Pekrun, 2006; Pekrun, 2009).A partir da taxonomia tridimensional das <strong>em</strong>oções de realização pod<strong>em</strong> ser destacadastrês categorias de <strong>em</strong>oções, consoante o momento <strong>em</strong> que surg<strong>em</strong>: (1) <strong>em</strong>oções prospectivassobre o resultado (como a ansiedade, a esperança e o desânimo); (2) <strong>em</strong>oções durante aactividade (como o prazer e o tédio) e (3) <strong>em</strong>oções retrospectivas pelo resultado obtido (comoo orgulho e a ira) (Pekrun, 2006).1.2 Autoconceito e Auto-<strong>estima</strong>O <strong><strong>auto</strong>conceito</strong> e a <strong>auto</strong>-<strong>estima</strong> são factores importantes no <strong>des<strong>em</strong>penho</strong> académico doaluno. Mas afinal a que se refer<strong>em</strong> estes dois conceitos?O <strong><strong>auto</strong>conceito</strong> e a <strong>auto</strong>-<strong>estima</strong> são os dois termos que maior destaque têm na t<strong>em</strong>áticado conhecimento do self, uma vez que são “duas entidades psicológicas distintas, quereenviam para diferentes formas de avaliação do self” (Peixoto & Almeida, 1999, p. 632).Apesar de ser<strong>em</strong> dois termos distintos, estes dois tipos de <strong>auto</strong>-representações, surg<strong>em</strong>várias vezes como s<strong>em</strong>elhantes ou até mesmo sinónimos, sendo por isso necessário apresentaras definições para cada um dos constructos (Peixoto, 2003).Para Sisto, Bartholomeu, Rueda e Fernandes (2004, p.68), o <strong><strong>auto</strong>conceito</strong> pode serencarado como “o conhecimento que o individuo t<strong>em</strong> de si”. Segundo Peixoto e Almeida(1999, p.632), o <strong><strong>auto</strong>conceito</strong> pode também ser definido como “o conjunto de cognições que osujeito possui sobre si próprio, nos diferentes contextos e tarefas <strong>em</strong> que se envolve”.Harter (1993) afirma que o <strong><strong>auto</strong>conceito</strong> é a imag<strong>em</strong> que o sujeito t<strong>em</strong> sobre si, que é oque determina como este se sente acerca de si próprio e que o orienta nas suas acções. Em1996, a mesma <strong>auto</strong>ra veio acrescentar que o <strong><strong>auto</strong>conceito</strong> é construído nas interacções dosujeito, podendo ser alterado ao longo da vida, de acordo com as experiências que o próprio7
vai passando e diz respeito às atribuições que este faz <strong>em</strong> relação a si próprio, como ele sepercebe e o que ele pensa <strong>em</strong> relação à sua própria capacidade (Harter, 1996).As pessoas utilizam as comparações externas, como o facto de comparar<strong>em</strong> o seupróprio <strong>des<strong>em</strong>penho</strong> com o dos outros (eu sou um estudante de mat<strong>em</strong>ática melhor que amaioria de meus amigos) e também as comparações internas, como a comparação do próprio<strong>des<strong>em</strong>penho</strong> <strong>em</strong> diferentes áreas que se encontr<strong>em</strong> relacionadas (eu sou melhor <strong>em</strong>mat<strong>em</strong>ática do que <strong>em</strong> inglês), para conseguir<strong>em</strong> determinar o seu <strong><strong>auto</strong>conceito</strong> (Silva &Vendramini, 2006).Em relação à <strong>auto</strong>-<strong>estima</strong>, esta pode traduzir-se no resultado da “avaliação global queo sujeito faz das suas qualidades” (Peixoto & Almeida, 1999, p.632).Harter (1999) refere-se à <strong>auto</strong>-<strong>estima</strong> como um constructo dotado de carácteravaliativo, descritivo e susceptível de desenvolvimento.Um outro <strong>auto</strong>r, James (1989, cit. por Harter,1993) refere-se à <strong>auto</strong>-<strong>estima</strong> como oresultado da divisão dos êxitos conseguidos pelas ambições iniciais do sujeito, ou seja, ossujeitos que apresentam uma <strong>auto</strong>-<strong>estima</strong> elevada são aqueles que experienciam elevadossentimentos de sucesso <strong>em</strong> domínios onde as suas ambições são elevadas. Se o sujeito nãoatribuir importância a um determinado domínio, os sentimentos de incompetência não lheafectam a <strong>auto</strong>-<strong>estima</strong> (Pedro & Peixoto, 2006).O <strong><strong>auto</strong>conceito</strong> engloba vários aspectos como: (1) o aspecto cognitivo, que se baseianum conjunto de características que o sujeito utiliza para se descrever e que norteiam o seucomportamento; (2) o aspecto comportamental, que é bastante influenciado pela definição queo sujeito t<strong>em</strong> sobre si mesmo e, por último, (3) o aspecto afectivo, que diz respeito aos afectose às <strong>em</strong>oções que estão ligados à definição que o sujeito t<strong>em</strong> sobre si mesmo (Sisto,Bartholomeu, Rueda & Fernandes, 2004).Outra das características da <strong>auto</strong>-<strong>estima</strong>, é o facto de esta reenviar para uma <strong>auto</strong>avaliaçãomais descontextualizada, uma vez que possui uma componente fundamentalmenteafectiva e possui uma estrutura unidimensional (Peixoto & Almeida, 1999). Já o <strong><strong>auto</strong>conceito</strong>apresenta uma estrutura multidimensional, uma vez que o sujeito elabora cognições sobre oseu <strong>des<strong>em</strong>penho</strong> <strong>em</strong> diversas situações (Peixoto & Almeida, 1999).8
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