12As propostas futuras utilizam variáveis novas e outras não tão novas,mas que eram analisadas superficialmente. São algumas <strong>de</strong>las: aqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos funcionários, os aspectos psicológicosenvolvidos no processo organizacional, as relações intergrupais, asnecessida<strong>de</strong>s dos funcionários, entre outras. É preciso lem<strong>br</strong>ar que apreocupação <strong>com</strong> os recursos humanos das organizações acentua-seapenas pela impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> as instituições atualmente atingiremplenamente seus objetivos sem que haja o envolvimento e<strong>com</strong>prometimento <strong>de</strong> seus funcionários (SHIGUNOV, 2000, p. 69-70)As Montadoras automobilísticas <strong>br</strong>asileiras vivem hoje num cenário novo, on<strong>de</strong>a <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> no mercado mundial se tornou mais exigente e os produtos são nasua maioria muito semelhantes, <strong>com</strong>o, por exemplo, po<strong>de</strong>-se citar os automóveis 1.0no Brasil. Agora o <strong>com</strong>promisso é <strong>de</strong> todos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o presi<strong>de</strong>nte até o empregado dafunção mais simples. Então i<strong>de</strong>ntificar <strong>com</strong>o melhorar e a<strong>com</strong>panhar o rendimento<strong>de</strong>sse colaborador po<strong>de</strong> ser o diferencial que tanto se anseia, para ser a empresamais rentável, orientada ao cliente, <strong>com</strong> forte re<strong>de</strong> <strong>de</strong> suprimentos, <strong>com</strong> condições <strong>de</strong>expandir o mercado, excelência operacional, <strong>com</strong>petitiva e <strong>com</strong> “Gente” talentosa e<strong>com</strong>promissada.2.1.3 A interação entre pessoas e organizações2.1.3.1 A <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> das organizaçõesHá uma enorme varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> organizações: as industriais, <strong>com</strong>erciais,serviços, militares, religiosas <strong>de</strong>ntre outras. Todas somente existem em função <strong>de</strong> umobjetivo, seja ele <strong>de</strong> fim lucrativo ou não. A verda<strong>de</strong> é que na ponta <strong>de</strong>sse <strong>com</strong>plexosistema sempre há alguém que espera algo <strong>de</strong>ssas organizações, trata-se do “cliente”.Ele é quem <strong>de</strong>termina o ritmo <strong>de</strong> todo este sistema.A Volkswagen do Brasil é uma das gran<strong>de</strong>s organizações, também chamadas<strong>de</strong> organizações <strong>com</strong>plexas e possui as características <strong>de</strong>scritas por Chiavenato (2000p.27) :Complexida<strong>de</strong>. As organizações são distintas dos grupos esocieda<strong>de</strong>s em termos <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> estrutural. A <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>estrutural refere-se à diferenciação horizontal e vertical. À medida quenovos níveis verticais surgem <strong>com</strong> a hierarquia para melhor controle eregulação, aumenta a <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> vertical. Assim, muitos autoresreferem-se a organizações “altas” e a organizações “chatas”.[...]Anonimato. A ênfase é colocada so<strong>br</strong>e as tarefas ou operações enão so<strong>br</strong>e as pessoas. O importante é que a operação sejaexecutada, não importa por quem.Rotinas padronizadas. Para operar procedimentos e canais <strong>de</strong><strong>com</strong>unicação. Apesar da atmosfera impessoalizada, as organizaçõesapresentam a tendência a <strong>de</strong>senvolver grupos informais face a face<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>las.
13Estruturas personalizadas e não oficiais. Constituem aorganização informal que funciona em paralelo <strong>com</strong> a estruturaformal.Tendência à especialização e à proliferação <strong>de</strong> funções. Ten<strong>de</strong> aseparar as linhas <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> formal daquelas <strong>de</strong> <strong>com</strong>petênciaprofissional ou técnica.Tamanho. O porte é um elemento final e intrínseco às gran<strong>de</strong>sorganizações, pois <strong>de</strong>corre do número <strong>de</strong> participantes e <strong>de</strong> órgãosque formam sua estrutura organizacional.2.1.3.2 As pessoasA importância dos empregados sofreu gran<strong>de</strong>s transformações <strong>de</strong>ntro dasorganizações <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>de</strong> século XX até o século XXI (Figura 1). Usa-se acontabilida<strong>de</strong> para contabilizar os ativos físicos e monetários, e dispõe-se <strong>de</strong>instrumentos <strong>de</strong> controle <strong>com</strong>o relatórios, análises financeiras, auditorias etc, paracuidar <strong>de</strong> toda a estrutura financeira. Com o empregado tem-se um mecanismo quepossibilita avaliar suas potencialida<strong>de</strong>s, a Avaliação <strong>de</strong> Desempenho, mas que nãoevoluiu perfeitamente para a expressão: Capital Intelectual. “Assim o capital intelectualestá tornando-se um conceito capital para as organizações que miram o futuro”(CHIAVENATO, 2000p. 64).ComoPessoasPersonalida<strong>de</strong> e individualida<strong>de</strong>,aspirações, valores, atitu<strong>de</strong>s,motivações e objetivos pessoaisTratamentopessoal eindividualizadoPESSOASComoRecursosHabilida<strong>de</strong>s, capacida<strong>de</strong>s,experiências, <strong>de</strong>strezas econhecimentos necessáriosTratamento pelamédia, igual egenéricoFigura 1 - Pessoas <strong>com</strong>o pessoas e pessoas <strong>com</strong>o RecursosFonte: (CHIAVENATO, 2000, p.73)Chiavenato (2000, p. 65) apresenta algumas perspectivas so<strong>br</strong>e o capitalintelectual nas empresas:• Para reter e <strong>de</strong>senvolver o conhecimento as organizações <strong>de</strong>vempropor <strong>de</strong>safios que agreguem know-how às pessoas.• A maior riqueza é o conhecimento proporcionado pelos empregados