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| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |1 de Maio de 2008 | 11Porto de Mós contesta indeferimentos aos processos de licenciamentoRestrições à construção agravamdesertificação no parque naturalBREVES■DistritoRecolhade alimentosAs restrições à construção dentrodo Parque Natural das Serrasde Aire e Candeeiros (PNSAC) porparte do Instituto de Conservaçãoda Natureza e da Biodiversidade(ICNB) está a preocupar a Câmarade Porto de Mós, que teme que osconstrangimentos levantados agravema desertificação daquela áreaprotegida. Os receios da autarquiaforam transmitidos na semana passadaao presidente do ICNB, TitoRosa, numa reunião onde os representantesdo município apresentaramvários exemplos de projectoschumbados “sem o mínimofundamento” e alertaram para asconsequências dos “frequentes indeferimentos”dos processos de licenciamento.“Se as pessoas que viveramtoda a vida no parque e aí têmos seus terrenos não poderemconstruir, serão forçadas a sair,desertificando ainda mais umazona já periclitante”, afirma opresidente da câmara. João Salgueirofrisa que os constrangimentosà edificação foram “agravados”com a recente revisão doPlano de Ordenamento do PNSAC.“Antes havia situações pontuais.Agora, quase todos os projectospara zonas de consolidação deaglomerados urbanos são chumbados”,alega.Entre os exemplos apresentadosao presidente do ICNB, está ocaso de um morador da MarinhaRICARDO GRAÇAFreguesias de Arrimal, Mendiga, S. Bento e Serro Ventoso são as mais prejudicadasda Mendiga, que quer construirjunto à EN362, numa zona “devidamenteinfra-estruturada” e “rodeadade casas”, cuja pretensão foirecusada por aquele organismo.Há ainda o processo de ampliaçãode uma moradia, que previa a edificaçãode uma churrasqueira e deum forno, que também recebeu ochumbo do ICNB. O mesmo aconteceucom a construção de umacasa na povoação de Casal Velho,freguesia de S. Bento, numa zonaonde a câmara investiu recentementena colocação de rede deágua.“O ICNB refugia-se nos regulamentosem vigor, segundo osquais não se pode construir nazona para preservar a natureza.Mas estamos a falar de áreas deconsolidação de aglomeradosurbanos e não de expansão”, afirmaJoão Salgueiro. Segundo oautarca, as freguesias mais prejudicadassão as de Arrimal, Mendiga,S. Bento e Serro Ventoso,havendo situações pontuais emAlqueidão da Serra e Pedreiras.De acordo com o gabinete deimprensa do ICNB, durante a reuniãoo presidente do organismo,que iniciou funções há cerca de 15dias, comprometeu-se a recolhermais informações sobre o assuntoe a contactar posteriormentecom o município. ■Maria Anabela SilvaOs Bancos Alimentares contraa Fome do Oeste e de Leiria-Fátimapromove, no fimde-semana,uma campanhade recolha de alimentos, juntodas superfícies comerciaisdos vários concelhos. Emsimultâneo, decorre até 11 deMaio a campanha Ajuda Vale,presente nas lojas Dia/Minipreço,El Corte Inglês, Jumbo/Pãode Açúcar, Lidl e Modelo/Continente,onde serãodisponibilizados cupões decinco produtos seleccionados,que as pessoas podem oferecer.OurémQuercuspromove saídade campoO Núcleo Regional do Ribatejoe Estremadura da Quercus,em Ourém, organizadomingo uma saída de campoà zona do Alto Nabão. Oponto de partida será juntoao Centro de EducaçãoAmbiental de Ourém, pelas 9horas. Poderão ser pedidasinformações adicionais atravésdo número 249 544 500.■População de Ourém estuda formas de protestoAlburitel quer nó do IC9A possibilidade do nó do IC9 em Alburitel,Ourém, ser eliminado para permitira construção de um na zona de Carregal,também naquele concelho, está a “indignar”a população e a Junta de Freguesialocais. José Elias, presidente da autarquia,não se conforma com a proposta apresentadapela Câmara Municipal à Estradasde Portugal, como forma de ultrapassara reprovação do nó de Perdigados,localizado junto ao cemitério de Ourém eque serviria a cidade, pela Avaliação deImpacto Ambiental.O presidente da câmara explica que,face ao chumbo, o trânsito da sede de concelhoteria de aceder ao IC9 no Escandarãoou em Alburitel, que distam cerca dequatro quilómetros da cidade. “Deslocandoo nó de Alburitel para o Carregal, essadistância fica significativamente mais curta”,alega David Catarino. No entanto, osargumentos não convencem José Elias.“Foi publicamente assumido que Alburitelteria um acesso directo ao IC9”, frisa,adiantando que “a população da freguesiaficou perplexa e indignada com a tentativade lhe retirarem o nó” e que estãojá a ser estudadas acções de protesto. ■Parceria com Instituto Nacional de Recursos BiológicosLargo da Nazaré com recifes artificiaisO Município da Nazaré e o IPIMAR(Instituto Nacional de Recursos Biológicos)celebraram, na terça-feira emLisboa, um protocolo de colaboraçãopara colocação de recifes artificiais aolargo da Nazaré.O acordo prevê que o IPIMAR sejaresponsável pelo planeamento técnico--científico do projecto, pela formaçãodos técnicos da autarquia que irão acompanharo desenrolar do projecto e pordisponibilizar navios de investigação elaboratórios.A autarquia da Nazaré assume asdespesas. A instalação dos recifes permitirápromover a biodiversidade marinhae proteger os recursos pesqueiros,incentivando o esforço da pesca da frotatradicional. ■