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Sexta-feiraO TEMPOSábadoDomingo26 C26 C24 CSol18 CEncoberto17 CNuvens14 C“É necessário ter o caos aqui <strong>de</strong>ntro para gerar uma estrela. ” Friedrich NietzscheCrime <strong>de</strong> homicídio qualificado provado, na CaranguejeiraJovem con<strong>de</strong>nado a 12 anos<strong>de</strong> prisão por matar irmãoV.C., <strong>de</strong> 18 anos, foi con<strong>de</strong>nado a 12 anos<strong>de</strong> prisão efectiva, por ter morto o irmão àfacada, em Julho <strong>de</strong> 2007, na Caranguejeira,<strong>Leiria</strong>. O colectivo <strong>de</strong> juizes consi<strong>de</strong>router ficado provado o crime <strong>de</strong> homicídio qualificado.A presi<strong>de</strong>nte do colectivo, Patrícia Costa,afirmou que a pena foi “muito atenuada” eteve em conta a ida<strong>de</strong> do arguido (à data docrime tinha 17 anos), o facto do mesmo sofrerdo síndroma <strong>de</strong> Asperger, ter colaborado coma polícia e estar a viver num ambiente familiar“disfuncional”.Mesmo assim, a magistrada salientou quea ida<strong>de</strong> e a doença “não <strong>de</strong>sculpam, nem justificam”um crime “tão horrível”. E relembrouque o arguido tinha consciência do actoe capacida<strong>de</strong> para avaliar as consequênciasdo mesmo, afastando inclusive a tese <strong>de</strong> imputabilida<strong>de</strong>sensivelmente diminuída, pedidapela advogada <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa.O arguido nunca explicou ao tribunal asmotivações que o levaram a matar o irmão,pelo que o colectivo consi<strong>de</strong>rou não ter ficadoprovado que existiria um “profundo sentimento<strong>de</strong> ódio e raiva pelo irmão”. No entanto,V.C admitiu sentir-se rejeitado por causado pai favorecer o irmão.Patrícia Costa consi<strong>de</strong>rou ainda fundamentalque o arguido faça acompanhamentoe tratamento ao síndroma <strong>de</strong> Asperger,apesar da doença não ter cura. V.C. vai manter-seem prisão preventiva até que a <strong>de</strong>cisãotransite em julgado.O procurador do Ministério Público, CarlosAndra<strong>de</strong>, classificou a pena “ajustada”,pelo que não <strong>de</strong>verá recorrer. Por seu lado,Ana Paula Lourenço, advogada do jovem,ainda não <strong>de</strong>cidiu se recorrerá ou não.V.C. matou o irmão a 25 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2007.Com o pretexto <strong>de</strong> lhe mostrar “uma ninhada<strong>de</strong> cães”, convenceu-o a encontrar-se consigono pinhal da Caranguejeira, on<strong>de</strong> o esfaqueoucom uma faca <strong>de</strong> cozinha. ■ ECInvestigação <strong>de</strong>spoletada pela AM <strong>Leiria</strong>Ministério Público arquiva partedo “caso gerador”O Ministério Público arquivou parte doprocesso relativo a alegadas irregularida<strong>de</strong>sno aluguer <strong>de</strong> um gerador, que forneceutemporariamente energia ao Complexo Municipal<strong>de</strong> Piscinas <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, por dois mil eurospor dia.Apesar do arquivamento do “processo <strong>de</strong>apuramento <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s no âmbitocontencioso”, José Augusto Esteves, eleitodo PCP na Assembleia Municipal, enten<strong>de</strong>que o <strong>de</strong>spacho “não é assim tão claroque se possa concluir que não haja responsabilida<strong>de</strong>das pessoas envolvidas, porqueisso não foi analisado”. Face às dúvidas quelhe ficaram, José Augusto Esteves sugeriuque a comissão <strong>de</strong> inquérito criada na AssembleiaMunicipal para investigar o caso reunisse<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> dias, para analisar o <strong>de</strong>spachodo Ministério Público e avaliar a possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> recurso. No entanto, a propostafoi chumbada pelo PSD e CDS-PP.Cláudio <strong>de</strong> Jesus, <strong>de</strong>putado do PSD, frisaque o arquivamento do processo só aconteceuao nível dos procedimentos administrativos,“por não ter sido encontrado nadaque pusesse em causa actos <strong>de</strong> administraçãodos eleitos envolvidos”, mas que continuama <strong>de</strong>correr averiguações <strong>de</strong> âmbitocriminal. Por isso, Domingos Carvalho (CDS-PP), enten<strong>de</strong> que “é preferível <strong>de</strong>ixar o processochegar ao fim”, para avaliar a hipótese<strong>de</strong> recurso. ■MASAssembleia Municipal da Batalha aprova moçãoDeputados recusam novas linhas no CeleiroA Assembleia Municipal da Batalha(AM) solicitou à Re<strong>de</strong> Eléctrica Nacional(REN), ao Ministério do Ambiente e a todasas outras entida<strong>de</strong>s competentes a suspensão<strong>de</strong> novas estruturas na subestaçãoeléctrica do Celeiro, “enquanto não forassegurada a protecção da saú<strong>de</strong> das pessoas,mediante a realização <strong>de</strong> estudos efectuadospor entida<strong>de</strong>s idóneas e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,que esclareçam cabalmente a ausência<strong>de</strong> riscos para a saú<strong>de</strong> pública”. Através<strong>de</strong> uma moção, a AM manifestou igualmentea sua indignação em relação às<strong>de</strong>cisões do Ministério do Ambiente, que<strong>de</strong>u parecer favorável à construção daLinha <strong>de</strong> Muito Alta Tensão Batalha/Lavose da REN, que mostra intenção <strong>de</strong> concretizá-la.■LEIRIAAccionistasnegamdissoluçãoda UDL/SADPÁGINA 28Alunos <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> ganhamconcursonacionalPÁGINA 13NESTA EDIÇÃOOPINIÃOMoisés Espírito SantoAs comemorações do 25 <strong>de</strong>Abril não passaram dumaretóricaPÁGINA 2Tomás Oliveira DiasVivemos tempos em que ageneralida<strong>de</strong> das pessoas sepreocupa pouco com osoutrosPÁGINA 19●O P I N I Ã O“A TERRA”São repetidas as notícias nosjornais e nas televisões, que dãoconta <strong>de</strong> uma generalizada subida<strong>de</strong> preços nos bens alimentares.Ainda esta semana, no DiárioEconómico, se noticiava, a partir<strong>de</strong> uma fonte da Comissão Europeia,uma subida provável <strong>de</strong>ssespreços para o ano <strong>de</strong> 2008 <strong>de</strong> 39%, quando aindaem Fevereiro, a mesma comissão, previa umaumento <strong>de</strong> apenas 10%.Percebe-se que há ainda um certo pudor emfalar nessa matéria, que faz arrepiar as famíliasem geral e as <strong>de</strong> mais fracos recursos <strong>de</strong> formaparticular. Se as subidas forem como se prevê asconsequências, mesmo ao nível dos rendimentosdas famílias portuguesas da classe média, vão sergraves tanto mais que a elas se juntam as subidasdas taxas <strong>de</strong> juro do crédito à habitação edos bens <strong>de</strong> consumo, bem como o preço doscombustíveis que não pára <strong>de</strong> crescer. Ou seja,mesmo as famílias portuguesas <strong>de</strong> médios rendimentospo<strong>de</strong>m ser confrontadas com dificulda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z para fazer face ao seu dia-a-diae para pagar as prestações, quando as há. Hádécadas que Portugal <strong>de</strong>scuida o amanho das terrase das suas manchas florestais. Os agricultores,pequenos na maior parte dos casos, tiveramque as abandonar para sobreviver, procurandona emigração ou nas activida<strong>de</strong>s industriais e dosserviços, uma remuneração fixa, mesmo que baixa,para po<strong>de</strong>rem viver. Com esse continuadoabandono da terra, Portugal transformou-se numverda<strong>de</strong>iro “pousio”, como se fosse possível <strong>de</strong>senvolver-seeconómica e socialmente, <strong>de</strong>ixando aoDeus dará a melhor matéria-prima <strong>de</strong> que dispõe.Basta ver o que suce<strong>de</strong>u, aqui bem perto,com os campos do Lis. É verda<strong>de</strong> que se estão afazer <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há alguns anos fortes investimentosna agricultura, sendo o Alentejo um bom exemplodisso. Não são só os espanhóis que plantamolivais. São também os portugueses, muitos <strong>de</strong>lesjovens, que dotados <strong>de</strong> formação superior se <strong>de</strong>dicamhoje a cuidar da terra, plantando vinhas, olivaise outras culturas, produzindo bens alimentarescapazes <strong>de</strong> concorrer com o que <strong>de</strong> melhorse faz no estrangeiro.A subida dos preços dos bens alimentares po<strong>de</strong>ampliar esses sinais, voltando-se a lavrar e asemear as terras, com resultados positivos nosrendimentos dos agricultores. Há meses, numareportagem televisiva, ouvi dizer a uma <strong>de</strong>sempregadafabril, <strong>de</strong> um concelho do interior, queo que lhe valia era a pequena horta que tinhajunto à casa. Essa imagem ficou-me, como ficouo pensamento <strong>de</strong> Vitorino Nemésio, poeta e professor,quando, também na televisão, lembrava,há já uns bons anos, que o crescimento económiconão é linear, mas cíclico. Espero que se nãoesteja à beira <strong>de</strong> uma profunda <strong>de</strong>sregulação daeconomia que venha a provocar problemas e<strong>de</strong>sarranjos até há pouco difíceis <strong>de</strong> prever. Nadacomo prevenir, sem per<strong>de</strong>r a esperança. ■José Ribeiro VieiraSUGESTÕES DE LEITURAMatemática das CoisasNuno Crato● O Mundo em 2025Nicole Gnesotto, Giovanni Grevi

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