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Versão completa em PDF - Escola de Enfermagem - UFMG

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Exame preventivo <strong>de</strong> Papanicolaou: percepção das acadêmicas <strong>de</strong> enfermag<strong>em</strong> <strong>de</strong> um centro universitário do interior <strong>de</strong> Goiáso câncer uterino, existe um perfil da população f<strong>em</strong>ininamais vulnerável a esse tipo <strong>de</strong> câncer. Exist<strong>em</strong> váriosfatores i<strong>de</strong>ntificados como <strong>de</strong> risco para o câncer <strong>de</strong>colo do útero. 6O principal fator <strong>de</strong> risco é o HPV dos tipos 16, 18, 31e 33, com alto potencial <strong>de</strong> oncogenicida<strong>de</strong>, e quandoassociados a outros cofatores, como estado imunológicoe tabagismo, <strong>de</strong>senvolv<strong>em</strong>-se as neoplasias intraepiteliaise do câncer uterino. 6O comportamento <strong>de</strong> risco inclui o hábito <strong>de</strong> fumar, poisa nicotina e a cotinina são el<strong>em</strong>entos do tabaco que, pormeio da circulação, chegam a órgãos distantes, po<strong>de</strong>ndoatingir o muco cervical. Dentre os fatores que causama predisposição para a manifestação do câncer uterino,também estão as baixas condições socioeconômicas, asquais estão ligadas à ausência <strong>de</strong> informação. 6,8Assim, a higiene íntima ina<strong>de</strong>quada, o uso prolongado<strong>de</strong> contraceptivos orais, a infecção pelo condilomaacuminado, imunossupressão pod<strong>em</strong> ser tambémi<strong>de</strong>ntificados como fatores <strong>de</strong> risco. 6,7,9O câncer <strong>de</strong> colo uterino <strong>em</strong> fase inicial raramenteproduz sintomas. Quando ocorr<strong>em</strong> sintomas, comosecreção, sangramento irregular ou sangramentoapós a relação sexual, a doença po<strong>de</strong> estar <strong>em</strong> estadoavançado. A secreção vaginal no câncer <strong>de</strong> colouterino avançado aumenta <strong>de</strong> forma gradual e tornaseaquosa e escurecida. Em <strong>de</strong>corrência da infecção eda necrose do tumor, seu odor é fétido. Po<strong>de</strong> ocorrerum leve sangramento e irregular, entre os períodos d<strong>em</strong>etrorragia ou após a menopausa, ou. Ainda, po<strong>de</strong>acontecer <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma pressão ou trauma brando –por ex<strong>em</strong>plo, a relação sexual. À medida que o câncer vaiprogredindo, esse sangramento ten<strong>de</strong> a aumentar. 10Assim, o quadro clínico <strong>de</strong> pacientes com neoplasiado colo do útero po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a ausência <strong>de</strong>sintomas, até quadros <strong>de</strong> micro-h<strong>em</strong>orragia s<strong>em</strong>causa aparente, leucorreia purulenta, sangramento <strong>de</strong>contato relacionado ao coito, dor pélvica, lombossacral,dispareunia, secreção vaginal <strong>de</strong> odor fétido, disúria,h<strong>em</strong>atúria, anorexia, perda <strong>de</strong> peso, perda <strong>de</strong> fezes pelavagina e infecção urinária. 11Nas mulheres com carcinoma do endométrio, a ultrassonografiauterina apresenta aumento do ecoendometrial. A espessura do eco endometrial acima<strong>de</strong> 5 mm na mulher, na pós-menopausa, já po<strong>de</strong> serconsi<strong>de</strong>rada suspeita. 10Se for i<strong>de</strong>ntificada uma lesão, estabelece-se oestadiamento clínico do tumor e faz-se a relação entrea doença e o organismo hospe<strong>de</strong>iro. Como examesindicações para diagnóstico, t<strong>em</strong>os: Raios X <strong>de</strong> tórax,urografia excretora, ultrassonografia diária hepáticae por vias urinárias, exames bioquímicos básicos eh<strong>em</strong>atimétricos são recomendados pela Fe<strong>de</strong>raçãoInternacional <strong>de</strong> Ginecologia e Obstetrícia (FIGO). Aressonância magnética e a tomografia computadorizadaainda não são rotinas para o estadiamento, mas têm sidorecent<strong>em</strong>ente indicadas para tal diagnóstico.O estadiamento cirúrgico do câncer <strong>de</strong> colo do útero,conforme a Fe<strong>de</strong>ração Internacional <strong>de</strong> Ginecologiae Obstetrícia (FIGO), é uma classificação clínica apóso diagnóstico histológico <strong>de</strong> carcinoma invasor pelacolposcópia, sendo dividido nos estádios 0, I, Ia, Ia 1,Ia2, Ib, II, IIA, IIb, III, IIIa, IIIb, IV, IVa e IVb, os quais variam<strong>de</strong> carcinoma in situ intraepitelial à invasão <strong>de</strong> órgãosadjacentes e a distância. 12É necessária uma avaliação diagnóstica <strong>completa</strong> docâncer <strong>de</strong> colo <strong>de</strong> útero, que inclui a i<strong>de</strong>ntificação doestágio e do grau do tumor, para avaliar as opções <strong>de</strong>tratamento, formulando uma conduta para melhorprognóstico.No tratamento do câncer cervical, usam-se os critériosadotados com base <strong>em</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> estadiamentológico <strong>de</strong> acordo com a diss<strong>em</strong>inação do câncer uterinoadotado pela Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> Ginecologia e Obstetrícia<strong>de</strong> Goiás. 9Os procedimentos cirúrgicos para o tratamento docâncer cervical pod<strong>em</strong> incluir a histerectomia total(retirada do útero, colo e ovários), histerectomia vaginalradical (retirada do útero, anexos e vagina proximal),histerectomia radical, linfa<strong>de</strong>nectomia pélvica bilateral(retirada dos linfonodos e vãos linfáticos ilíacoscomuns, ilíacos externos, hipogástricos e obturados) eexenteração pélvica. 9,10.Também po<strong>de</strong> ser usada a radioterapia, que utiliza aradiação ionizante para interromper o crescimentocelular ou para controlar o câncer quando o tumor nãopo<strong>de</strong> ser r<strong>em</strong>ovido por meios cirúrgicos.Nos tratamentos com quimioterapia, os agentes antineoplásicossão utilizados na tentativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>struir ascélulas tumorais, por interferir nas funções celulares no seuprocesso <strong>de</strong> crescimento e divisão. Consiste no <strong>em</strong>prego<strong>de</strong> substâncias químicas isoladas ou <strong>em</strong> combinação.T<strong>em</strong>-se utilizado a quimioterapia junto com a radioterapia,uma vez esse procedimento potencializa os efeitos e tornamais eficiente o combate à célula tumoral. 11Com a implantação do Programa <strong>de</strong> Assistência Integralà Saú<strong>de</strong> da Mulher (PAISM), <strong>em</strong> 1984, criou-se umapolítica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que visava aten<strong>de</strong>r à saú<strong>de</strong> básica damulher. Segundo o Ministério da Saú<strong>de</strong>, o PAISM tinhacomo objetivo implantar ou ampliar as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>diagnósticos precoce do câncer cervical, b<strong>em</strong> comopromover ações educativas na prevenção <strong>de</strong>ssa doençae <strong>de</strong> outras, como o câncer <strong>de</strong> mama, prestando umaassistência para a saú<strong>de</strong> da mulher além dos limitesgravídico-puerperais. 6A prevenção do câncer <strong>de</strong> colo uterino <strong>de</strong>ve envolver umconjunto <strong>de</strong> ações educativas com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atingirgran<strong>de</strong> parte das mulheres <strong>em</strong> situação <strong>de</strong> risco, alémda realização do Papanicolaou. Por meio <strong>de</strong> programas<strong>de</strong> prevenção clínica e educativa, há esclarecimentossobre como prevenir a doença, sobre as vantagens <strong>de</strong>diagnósticos precoces, sobre as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cura esobre o prognóstico e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida não somentepara esse tipo <strong>de</strong> câncer, como para os d<strong>em</strong>ais. 13380 r<strong>em</strong>E – Rev. Min. Enferm.;15(3): 378-385, jul./set., 2011

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