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Versão completa em PDF - Escola de Enfermagem - UFMG

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EditorialDESENVOLVENDO HABILIDADES E COMPETÊNCIAS PARA ACOMUNICAÇÃO COM O PACIENTEConsi<strong>de</strong>rada como componente essencial para o cuidado <strong>de</strong> enfermag<strong>em</strong>, a comunicação t<strong>em</strong> também sidoi<strong>de</strong>ntificada como uma das competências ou habilida<strong>de</strong>s difíceis <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> a<strong>de</strong>quadamente aprendidas e<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhadas.Favorecer condições para que o outro possa expressar suas <strong>em</strong>oções, necessida<strong>de</strong>s e opiniões, <strong>em</strong>pregar técnicase comportamentos a<strong>de</strong>quados ao prestar informações <strong>de</strong> medidas e procedimentos ou auxiliar no enfrentamento<strong>de</strong> situações críticas são ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong>ssa complexa tarefa <strong>de</strong> interagir a<strong>de</strong>quadamente no cenário da atenção àsaú<strong>de</strong>.Sabe-se que diferentes fatores interfer<strong>em</strong> nessa relação diádica, quer aqueles inerentes aos interlocutores, comoos repertórios linguístico e cultural, a relevância do t<strong>em</strong>a, a influência do ambiente ou a situação que está sendovivenciada, quer a própria finalida<strong>de</strong> da interação.Destaque-se, nesse cenário, a habilida<strong>de</strong> do profissional na condução da tarefa <strong>de</strong> se comunicar. A maioria dosenfermeiros apren<strong>de</strong> que o uso <strong>de</strong> preleções, a mudança do foco <strong>de</strong> interesse do paciente s<strong>em</strong> seu esclarecimentoa<strong>de</strong>quado a cada situação, as restrições ao atendimento <strong>de</strong> d<strong>em</strong>anda do cliente ou seu familiar reduz<strong>em</strong> a chance<strong>de</strong> se estabelecer uma relação construtiva e <strong>de</strong> respeito mútuo. Mas como evitar tais situações ou ter habilida<strong>de</strong>para enfrentá-las, quando necessário?A literatura aponta inúmeros ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong> comportamentos que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser evitados, como também aqueles que<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser cultivados para o bom <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssa relação, com mo<strong>de</strong>los já testados e válidos para diferentestipos <strong>de</strong> clientes e <strong>em</strong> distintos cenários, incluindo as situações <strong>de</strong> doenças graves ou restritivas. 1,2Para a aquisição <strong>de</strong>ssas habilida<strong>de</strong>s comunicacionais, diversas estratégias <strong>de</strong> ensino são apontadas, <strong>de</strong>ntre elasuma <strong>em</strong> ascensão – a simulação. 3 Entendida como uma representação próxima a realida<strong>de</strong>, essa estratégia po<strong>de</strong>incluir o uso <strong>de</strong> atores, <strong>de</strong> paciente ou aluno treinado para <strong>de</strong>terminado papel, <strong>em</strong>pregar análise <strong>de</strong> situaçõesreais ou representadas <strong>em</strong> gravações <strong>em</strong> ví<strong>de</strong>o ou CD-ROM, utilizar manequins <strong>de</strong> diferentes graus <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>/complexida<strong>de</strong>, para criar um cenário para o aluno atuar, <strong>de</strong>ntre outras formas <strong>de</strong> simulação.A inclusão nessa experiência educacional da expressão dos sentimentos, da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> limitações e da valorizaçãodas habilida<strong>de</strong>s e comportamentos a<strong>de</strong>quados dos alunos torna-se tão relevante para a aquisição <strong>de</strong>autoeficácia e confiança quanto a teorização sobre esse t<strong>em</strong>a. A simulação não prescin<strong>de</strong> da atuação do cuidadodireto, mas seu uso – por ex<strong>em</strong>plo, o aprendizado com simuladores <strong>de</strong> alta fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>, para o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões clínicas ou <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s comunicacionais – possibilita maior confiança ao estudante esegurança ao sujeito <strong>de</strong> sua ação <strong>de</strong> cuidar, dado que os erros <strong>de</strong> comunicação são consi<strong>de</strong>rados o caminho inicial<strong>de</strong> eventos adversos. 4As instituições <strong>de</strong> ensino e seus educadores <strong>de</strong>v<strong>em</strong> buscar estratégias para <strong>de</strong>senvolver tais habilida<strong>de</strong>s, cada vezmais exigidas aos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.REFERÊNCIAS1. Stefanelli MC; Carvalho EC A comunicação nos diferentes contextos <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong>. Barueri(SP): Manole, 2005.2. Back A, Arnold RM, Baile WF, Tulsky JA, Fryer-Edwards K. Approaching difficult communication tasks in oncology. CA a cancer journal ofclinicians 2005 55(3): 164-1773. Leigh GT . High-Fi<strong>de</strong>lity Patient Simulation and Nursing Stu<strong>de</strong>nts’ Self-Efficacy: A Review of the Literature. International Journal of NursingEducation Scholarship, Vol. 5 [2008], Iss. 1, Art. 37.4. Krautscheid L C . Improving Communication among Healthcare Provi<strong>de</strong>rs: Preparing Stu<strong>de</strong>nt Nurses for Practice. Int J Nurs Educ Scholarsh.2008;5:Article40. Epub 2008 Oct 21.Emilia Campos <strong>de</strong> CarvalhoProfessora Titular da <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo-SP. Coor<strong>de</strong>nadorado Grupo <strong>de</strong> Pesquisa Enfermag<strong>em</strong> e Comunicação (EERP-USP). E-mail: ecdcava@usp.brr<strong>em</strong>E – Rev. Min. Enferm.;14(3): 19-24, jul./set., 2010 311

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