13.07.2015 Views

O que fizemos à memória do século XX? - Fonoteca Municipal de ...

O que fizemos à memória do século XX? - Fonoteca Municipal de ...

O que fizemos à memória do século XX? - Fonoteca Municipal de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ExposiçõesDANIEL ROCHAHá exposições on<strong>de</strong> nos po<strong>de</strong>mosper<strong>de</strong>r, sem receios, acompanha<strong>do</strong>sapenas pelo corpo das obras. “Silvae”,<strong>que</strong> inaugura hoje na Culturgest,em Lisboa, é uma exposiçãoassim. Reúne pinturas e <strong>de</strong>senhos<strong>que</strong> João Queiroz (Lisboa, 1957) produziuao longo <strong>de</strong> 20 anos e <strong>de</strong>volveao especta<strong>do</strong>r um olhar silenciososobre os pe<strong>que</strong>nos acontecimentosda Natureza. De uma forma muitosingela, tradicional mesmo, via pintura,<strong>de</strong>senho e um (cada vez menos)familiar género pictórico: a paisagem.As duas galerias da Culturgest estãoliteralmente ocupadas. Com aguarelas,pinturas a óleo, <strong>de</strong>senhos a carvão,lápis <strong>de</strong> cor. Uma floresta na qualse vislumbram paisagens, arbustos,árvores e outros motivos. Uma floresta<strong>que</strong> tem um autor e uma origem.“O [meu] interesse pela paisagemvem da pintura e menos <strong>de</strong> um interesseromântico pela natureza”, explicaJoão Queiroz. “Vem da experimentaçãovisual <strong>do</strong> século XIX. E estárelaciona<strong>do</strong> com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ver as coisas <strong>de</strong> outra maneira, <strong>de</strong> relacionaro acto <strong>de</strong> ver com o acto <strong>de</strong>fazer. É um tema a <strong>que</strong> a paisagempermitiu imensas experiências, começan<strong>do</strong>logo pelas <strong>do</strong> Cézanne”. Foi noencalço <strong>de</strong>sta tradição, <strong>de</strong>sta atitu<strong>de</strong>,“para ver se ainda podia ter uma continuaçãopertinente”, <strong>que</strong> o artista(influencia<strong>do</strong> pelo pensamento visual<strong>que</strong> encontrou na Filosofia enquantoestudante da disciplina na Faculda<strong>de</strong><strong>de</strong> Letras <strong>de</strong> Lisboa) chegou ao objectocentral da sua obra: a percepção danatureza. “No fun<strong>do</strong>, interessa-me apercepção, a percepção <strong>que</strong> está comprometidacom esse olhar, com esseformar <strong>do</strong>s objectos”.To<strong>do</strong> o corpo vêna pintura <strong>de</strong> João Queiroz“Silvae”, a primeira antológica <strong>de</strong> João Queiroz, é um reencontro generoso com a paisagem,neste mun<strong>do</strong> abati<strong>do</strong> sob o peso <strong>de</strong> imagens, ecrãs e pixéis. Pinturas e <strong>de</strong>senhos feitos com ocorpo e para ver com o corpo, na Culturgest, em Lisboa. José Marmeleira26 • Sexta-feira 15 Outubro 2010 • Ípsilon

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!