pdf-2016-08-04-18-35-30
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testo bem-humorado. O próximo slide. Duas situações<br />
lindíssimas da história do futebol brasileiro:<br />
campanha da anistia em 1978 no jogo Santos<br />
e Corinthians, no Morumbi, mas não foi a “Gaviões<br />
da Fiel” que fez isso, e sim um integrante da<br />
“Gaviões” que é o Chico Malfitani, e abrem aquela<br />
faixa “Anistia Ampla, Geral e irrestrita” no meio da<br />
torcida do Corinthians, no meio da “Gaviões”. E a<br />
outra é o palco de um comício no Anhangabaú em<br />
1984, com integrantes da democracia corintiana,<br />
o Casagrande, o Sócrates, o Osmar Santos, aqui<br />
na frente, o Adilson Monteiro Alves e lá na ponta<br />
o Juninho. Seguindo, o próximo slide. 1983, final<br />
do campeonato paulista, São Paulo e Corinthians.<br />
“Ganhar ou Perder, mas sempre<br />
com democracia”, impossível não<br />
se comover”.<br />
Ali eu torceria fácil contra qualquer um, fácil.<br />
Fui ao estádio, mas nesse dia eu torci para<br />
o Corinthians. Fui pronto para não torcer para o<br />
Corinthians nessa partida, mas quando os caras<br />
entram com essa faixa “Ganhar ou Perder, mas<br />
sempre com democracia”, impossível não se comover.<br />
Esse aqui é um exemplo de uma torcida<br />
muito legal, de um clube muito legal que é o St.<br />
Pauli, de Hamburgo. Essa torcida e esse clube baniram<br />
todos os nazistas do seu meio. Eles fazem<br />
manifestações contra qualquer tipo de racismo,<br />
contra qualquer tipo de preconceito. O antigo<br />
presidente do St. Pauli era um homossexual assumido.<br />
Então há uma intervenção do ponto de<br />
vista da política desse clube que é sensacional.<br />
Recomendo que vocês acompanhem. Essa aqui é<br />
uma torcida muito simpática do Brasil. É a “Resistência<br />
Coral” do Ferroviário de Fortaleza. E é uma<br />
torcida engajada de esquerda e o slogan deles<br />
“Nem guerra entre torcidas, nem paz entre classes”.<br />
Então, a torcida que prega a não-violência.<br />
Essa aqui é a minha torcida, infelizmente, que<br />
exibe uma faixa e é quase uma faixa que poderia<br />
ser manchete de jornal. Bem elaborada, “a homofobia<br />
versus preconceito. É com o orgulho de<br />
ser homofóbico”. Coisa que a gente está lutando<br />
contra hoje em dia em várias áreas. E aqui no<br />
finalzinho, para fechar as manifestações e essa<br />
articulação que eu havia feito inicialmente: as<br />
alusões à FiFA, ao estádio e à questão das prioridades<br />
dos investimentos sociais. Espero não ter<br />
tomado muito tempo. Obrigado.<br />
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CADERNOS TEMáTiCOS CRP SP Psicologia do Esporte: Contribuições para a atuação profissional