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O interesse da empresa atingir o público<br />
alvo pela credibilidade de um veículo de comunicação,<br />
como eu expliquei. O interesse da<br />
imprensa, a imprensa quer passar a notícia de<br />
qualquer maneira e hoje, o on-line está muito<br />
forte, então assim, o on-line gira, a notícia… é<br />
segundo, muda a segundo, sobe lá, toda hora<br />
tem uma notícia nova subindo no tópico, é muita<br />
coisa que eles precisam buscar. Então, eles vão<br />
buscar, por mais que seja bobo, por mais que<br />
seja inútil, eles vão buscar para poder ter notícia<br />
lá. Tem agências de notícias que fornecem<br />
informações o tempo inteiro para outros veículos,<br />
então eles ficam caçando toda hora, a cada<br />
minuto uma notícia nova e vai subindo e hoje<br />
com o Facebook e todas as redes sociais que<br />
existem, essa velocidade de informação está<br />
maior ainda. Então, eles precisam buscar muita<br />
coisa para atualizar o público alvo dele e isso,<br />
independentemente de quem quer que seja, entenderam?<br />
Se o jornalista tiver que fuçar, ele vai<br />
fuçar para poder ter notícia, para que o veículo<br />
dele esteja sempre à frente no ibope, em todos<br />
os tipos de pesquisa. Bom, agora, como que eu<br />
vejo… isso é um pouco da minha visão, um pouco<br />
do que… do trabalho que eu faço com a Alessandra,<br />
um pouco do trabalho que eu faço com a…<br />
trabalhei com a Fila, trabalho até hoje, os atletas<br />
que eu atendo até hoje, também. Então, é um<br />
pouco da minha visão da Psicologia na mídia. O<br />
que a imprensa sabe, realmente, sobre Psicologia<br />
Esportiva? O que tem hoje na mídia? A Alê<br />
estava falando sobre a distorção da imagem,<br />
que a própria comunidade de psicólogos tem<br />
essa questão de um apontar uma coisa, o que<br />
está certo, o que não está; falando um do outro.<br />
Então, assim, quando a gente pensa: “quero me<br />
tornar público, quero que as pessoas entendam<br />
o meu trabalho”, precisamos fornecer o tempo<br />
inteiro essa informação. Então hoje, não só no<br />
esporte, que até a Alessandra falou que tem alguns<br />
técnicos que… não sei, têm algum preconceito,<br />
será que é algum tipo de preconceito, será<br />
que foi um trabalho malfeito, o que será? Não é<br />
só técnico, eu vejo isso ainda muito em várias<br />
áreas da Psicologia. Por exemplo, se você chega<br />
num lugar e fala: “Faço terapia”, a pessoa ainda<br />
pensa, estamos no ano de 2015: “nossa, é doido<br />
ou então tem algum desvio”, ainda existe esse<br />
pensamento, infelizmente. Eu acho que o mundo<br />
inteiro devia fazer terapia, porque o ser humano<br />
é muito complexo para ele mesmo se entender,<br />
então… e no esporte mais ainda. Recentemente,<br />
eu ouvi no meio do tênis, no qual eu trabalho,<br />
alguém falando de um dos tenistas: “Fulano de<br />
tal está tendo acompanhamento psicológico,<br />
por quê? Está com depressão? Não vai se desenvolver<br />
muito bem no torneio? Como é que é<br />
isso? Como é que é aquilo?”. Não, gente, como a<br />
Alessandra falou, o trabalho do psicólogo é tão<br />
importante quanto o trabalho do preparador físico,<br />
do preparador técnico, do nutricionista, todos<br />
eles juntos formam um atleta. Então, isso é<br />
muito importante e o quanto a imprensa, a mídia<br />
está sendo informada sobre isso e de que maneira<br />
ela está sendo informada sobre isso.<br />
“Vamos manter uma comunicação<br />
clara, sincera, objetiva, preparada”.<br />
Um atleta, ele não trabalha com o psicólogo<br />
apenas porque ele tem algum problema pessoal<br />
ou no esporte ou foi lesionado e está mal:<br />
“vamos ver como vai lidar com essa lesão e tal”,<br />
não, é constante, é o tempo todo. Então isso<br />
que a imprensa precisa saber para depois não<br />
ter aquela coisa de: “faltou o preparo psicológico”.<br />
A gente vê… deixa eu ir mais para frente que<br />
eu vou falar sobre isso mais para frente. Como<br />
funciona a imprensa? Já falei isso um pouquinho,<br />
mas há alguns pontos que eu quero ressaltar.<br />
Ela trabalha com pautas, temas, assuntos e<br />
como eu falei, é o tempo inteiro a imprensa buscando<br />
assunto para colocar na internet, para<br />
veicular no jornal do dia seguinte, para passar<br />
no jornal das 7 da TV, do meio-dia da TV, das 6<br />
da TV, da meia-noite da TV, entendeu? Então assim,<br />
é muito… o rádio… não sei se vocês ouvem<br />
rádio de notícias, mesmo, a mesma informação<br />
que você recebe de manhã, ela vai o tempo inteiro,<br />
então ela é massificada o tempo inteiro,<br />
“metralhada” na cabeça do ouvinte, entenderam?,<br />
até você pensar: “gente, o mundo está realmente…”,<br />
um assassinato é veiculado de manhã,<br />
o mesmo é falado ao longo do dia e você<br />
pensa: “nossa, quantas mortes!”, não, é o mesmo,<br />
só que falaram “zilhões” de vezes no rádio,<br />
então você acha que morreu muita gente, mas<br />
foi só uma, entenderam? Então, eles vão atrás<br />
da informação e não medem esforços para isso.<br />
Quando eu falei que tem gente que pensa que<br />
jornalista é mau-caráter, vamos desconfiar dos<br />
jornalistas, que ele vai lá e vai falar tudo que<br />
não deve ser falado… não, ele só vai falar aquilo<br />
que está exposto para ele. Então, se vocês chegam<br />
com uma informação para ele, é aquela que<br />
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CADERNOS TEMáTiCOS CRP SP Psicologia do Esporte: Contribuições para a atuação profissional